Marrakesh E-Prix – Mortara alcança a liderança no campeonato

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    A HISTÓRIA DA CORRIDA: ESTRATÉGIA DA DS TECHEETAH NÃO AJUDOU PILOTO PORTUGUÊS

    Edoardo Mortara venceu o E-Prix de Marrocos, uma corrida que tinha tudo para correr bem a António Félix da Costa, que conseguiu a primeira pole position do ano. A estratégia não ajudou, acabando em segundo, à frente de Mitch Evans.

    O português começou muito bem a corrida ao conseguir manter o primeiro lugar e tentar, rapidamente, distanciar-se dos outros pilotos. Para trás, Evans reclamava visivelmente com a lentidão de Pascal Wehrlein. Uma vez ultrapassado, o piloto alemão perdeu quatro posições seguidas. Ainda no início, tivemos De Vries a fazer um divebomb a Askew para o ultrapassar, completamente inesperado.

    Quem teve menos sorte foi Daniel Ticktum, que teve um problema e voltou para as boxs, para ser reparado. Não demorou muito até ser usado o primeiro Attack Mode (AM) por parte de Lotterer. Logo a seguir, ambos os DS ativaram os seus AM, perdendo simultaneamente uma posição cada piloto. Jean-Eric Vergne conseguiu recuperar o seu terceiro lugar, mas Félix teve mais dificuldades, ficando para trás de Mortara, que liderava a corrida.

    Também o líder da corrida, teve de ir ativar o seu AM e perdeu o lugar para Da Costa, que ainda tinha algum AM para se manter na frente. Muitos pilotos foram ativar o seu AM e trocas de posições aconteceram quase a cada segundo pela proximidade que existia no pelotão.

    Oliver Rowland, que começou de 11.º lugar, esteve mesmo a lutar pelo pódio, estando a chegar até ao segundo lugar com as perdas de posição de vários pilotos que iam ao AM. Entre trocas de posições entre os dois por ativação de AM, um toque do britânico ao português fez com que o último quase perdesse o controlo do seu DS e, consequentemente, a segunda posição onde já estava; felizmente, conseguiu resistir.

    Rowland acabaria por perder posições importantes para Félix da Costa, Vergne e Evans, ficando pela quinta posição. Foi nesse momento que, mais uma vez, ordens de equipa entraram em ação, pedindo ao português que deixasse o francês ultrapassá-lo para tentar chegar à tão esperada vitória. E assim foi feito.

    Já ultrapassado, o português via-se mais rápido que o seu companheiro de equipa, que perdia tempo para o primeiro lugar de Mortara. Não demorou muito até protestar e pedir à equipa uma oportunidade para chegar até ao suíço, pois se sentia mais rápido e em condições de ultrapassar. A equipa assistiu e passou a informação ao bicampeão, que seguiu essas novas ordens.

    Para as voltas finais, foi preciso ter coração de ferro, dado que se constatava que o português encurtava a distância para o piloto suíço, que continuava a liderar o ePrix; mas não deu para a ultrapassagem. Para trás, Mitch Evans ultrapassava Jean-Eric Vergne mesmo na última volta, após o piloto francês ter perdido tempo para o colega de equipa, cerca de quatro segundos.

     

    PILOTO DO DIA:


    Stoffel Vandoorne – Apareceu algumas vezes a fazer ultrapassagens que lhe deram o oitavo lugar, após ter começado em 20.º. Aproveitou-se do mesmo feito que Rowland e, graças às idas ao AM e à utilização tardia do mesmo, mais fanboost, conseguiu ficar dentro do TOP10 e dar duplos pontos à Mercedes.

     

    DESILUSÃO DO DIA:

    Pascal Wehrlein – Começou em P4, mas desde cedo que demonstrou ou estar com problemas, ou com algum desconforto. Acabou em 12.º lugar, o, ainda assim, melhor lugar da Porsche nesta corrida. Não foi, certamente, a corrida que a equipa alemã esperava.

    Artigo revisto por Joana Mendes

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    Ana Catarina Ventura
    Ana Catarina Venturahttp://www.bolanarede.pt
    Esta é a Ana Catarina. Apaixonou-se pela Fórmula 1 com 14 anos e a partir desse momento, descobriu o mundo do desporto motorizado. Graças a isso, seguiu o caminho do jornalismo até se licenciar em Jornalismo e Comunicação, na capital do Alto Alentejo.