E-Prix de Londres #2: Lynn confirma domínio britânico e deixa campeonato em aberto

    A CORRIDA: POLÉMICA, DESILUSÃO E ESTREIA A VENCER NAS DOCAS LONDRINAS

    Depois de Jake Dennis (BMW) ter dominado a primeira ronda disputada no traçado híbrido do Excel Centre, em Londres, o belga Stoffel Vandoorne colocou o seu Mercedes na pole para a 13.ª e antepenúltima ronda do campeonato. Mais uma vez, muitos dos principais candidatos ao título se viam relegados para as últimas posições da grelha – entre eles, António Félix da Costa (DS Techeetah), a partir de 22.º.

    Partida relativamente tranquila para todo o pelotão, com excepção para os britânicos Alexander Sims (Mahindra), que ficava retido na grelha, e Tom Blomqvist (NIO 333), que descia às boxes com problemas no seu monolugar ao fim da primeira volta.

    Numa pista estreita e com poucas oportunidades de ultrapassagem, Nyck de Vries, no outro Mercedes, continuava a mostrar a sua agressividade atacando Alex Lynn (Mahindra) e Oliver Rowland (Nissan) pelos lugares cimeiros.

    Pouco depois do primeiro período de activação dos “Attack Modes”, e com cerca de dez minutos disputados, uma luta acesa entre Sébastien Buemi (Nissan) e Rene Rast (Audi) acaba com a barra de direcção destruída para o alemão, o “Safety Car” trazido para pista e uma penalização de dez segundos para Buemi que o atiraria para fora do Top-10.

    Nuvens cinzentas iam aproximando-se da zona Este de Londres no recomeço da corrida, ainda com Vandoorne na liderança e com o seu “Attack Mode” activado. O português Félix da Costa ia aproveitando todas as quezílias à sua frente para subir posições e aproximar-se rapidamente dos lugares pontuáveis, ao contrário do seu colega de equipa Jean-Éric Vergne e do seu rival no campeonato Sam Bird (Jaguar), que se iam mantendo no 18.º e 19.º postos respectivamente.

    Logo após excelente ultrapassagem a Nick Cassidy (Envision), desastre para Félix da Costa e novo “Safety Car” para pista. Um empurrão defensivo por parte de André Lotterer (Porsche) na recta da meta acaba com a roda dianteira esquerda do DS Techeetah destruída e o abandono do português. Um desfecho muito desapontante, em particular tendo em atenção as contas do campeonato, depois de dez lugares ganhos em menos de 20 minutos de corrida.

    Polémica antes do recomeço, com Lucas di Grassi (Audi) a entrar nas boxes aparentemente sem paragem e a assumir dessa forma a liderança da corrida – o limite de 50 km/h dentro das boxes acabava por ser mais rápido que a velocidade do Safety Car, uma táctica que colocou o brasileiro sob investigação dos oficiais de corrida.

    Mais caos na chicane das curvas 10 e 11, com Rowland a falhar a travagem e a embater forte na traseira do Mercedes de Vandoorne, que cai da liderança da corrida para o 15.º lugar. Nyck de Vries, que entretanto havia assumido temporariamente a liderança, acaba a perder posições para di Grassi e Alex Lynn, ambos com “Attack Mode” à sua disposição nesta altura.

    Com um terço de corrida por disputar, as nuvens continuavam a ameaçar e o trio da frente construía uma vantagem saudável sobre os perseguidores liderados por Mitch Evans (Jaguar), que à semelhança de muitos outros pilotos conduzia com danos aerodinâmicos no seu monolugar. Pouco depois, confirmação da infracção de di Grassi.

    A direcção de corrida atribuía uma penalização de “Drive-Through” ao brasileiro, que acabaria por não a servir de imediato e aguardava pelo resultado do apelo da Audi encabeçada por Allan McNish, o escocês a “sprintar” em direcção aos comissários para apresentar a sua defesa.

    Mais um acidente perto do fecho do E-Prix, novamente na curva 10 e desta vez a vitimar Sam Bird e Norman Nato (Venturi) que acabam por conseguir retomar a corrida. Ainda sob condições de bandeira verde e a chuva a manter-se à margem da zona das docas londrinas, a direcção de corrida mostra bandeira preta a Lucas di Grassi, efectivamente eliminando o brasileiro dos resultados da corrida.

    Desta forma, a vitória foi mesmo atribuída a Alex Lynn, o segundo a cruzar a meta para vencer pela primeira vez na Fórmula E. Nyck de Vries consegue um segundo lugar importantíssimo para as contas do campeonato e Mitch Evans completa o pódio de uma corrida repleta de incidências e controvérsia.

    Com os resultados confirmados, Nyck de Vries é primeiro no campeonato de pilotos e ajuda a Mercedes a subir a segundo no de construtores, sete pontos apenas atrás da Envision. Ainda com tudo em aberto, a jornada dupla de Berlim acontece no fim de semana de 14 e 15 de Agosto, para fechar a sétima temporada da Fórmula E.

    Foto de Capa: Mahindra Racing

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    Carlos Eduardo Lopes
    Carlos Eduardo Lopeshttp://www.bolanarede.pt
    Concluída a licenciatura em Comunicação Social, o Carlos mudou-se para Londres em 2013, onde reside e trabalha desde então. Com um pai ex-piloto de ralis e um irmão no campeonato nacional de karts, o rumo profissional do Carlos foi também ele desaguar nas "águas rápidas" da Formula One Management, onde trabalhou cinco anos. Hoje é designer numa empresa de videojogos, mas ainda não consegue perder uma corrida (seja em quatro ou duas rodas).