Um ponto de vista dentro do mundo da resistência | WEC

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A passagem da World Endurance Championship (WEC) por Portugal levou-me a fazer uma viagem de quase 300km para apreciar, ao vivo e a cores, os belos hypercars que estão na competição este ano. Fanática pelo Ferrari e apaixonada pelo Cadillac, é assim que me posso definir depois de sair do Autódromo Internacional do Algarve no domingo.

Começamos o nosso fim de semana com os treinos livres de sexta-feira, que deram a conhecer os nossos protagonistas para domingo. Já nesse dia, percebeu-se o ritmo que a Toyota ia levar para a corrida, dominando ambas as sessões. Os sussurros no Media Centre provavam que este fim de semana poderia ser da equipa japonesa (o que acabou por se tornar realidade).

Fonte: Ana Ventura / Bola na Rede

Entre sessões, pelo paddock, foi possível encontrar alguns pilotos que tiravam fotografias com os fãs, entravam em conversas com membros das equipas ou passavam tempo com as suas famílias. Quem também esteve presente em Portugal foi James Glickenhaus, CEO da equipa Glickenhaus, com o seu típico chapéu de cowboy.

Sábado foi dia de disfrutar da qualificação de 15 minutos para todas as categorias. Partiram primeiro os GTE AM, onde a Corvette conquistou a pole das meninas Iron Dames por +0,217s. Nos LMP2, a PREMA seguiu ficar à frente da Vector por apenas uma milésima e, para concluir o sábado, a Toyota conseguiu a (expectável) pole e segundo lugar.

Com a chegada de domingo, chegou também a sessão de autógrafos, juntamente com a pit lane walk. Anteriormente à ELMS, desta vez havia uma fila enorme para se entrar no circuito e para a pit lane e conseguir-se aquele autógrafo tão desejado ou uma foto com o herói. As boxs encheram-se de fãs que apreciavam os seus pilotos preferidos e as máquinas que os acompanhavam. À semelhança da prova europeia, também houve brindes das equipas para os fãs, como bandeiras e gomas da Porsche ou um poster gigante do Peugeot 9×8.  

Com o fim da sessão de autógrafos, grande parte dos mecânicos ligaram os carros para os aquecer para a corrida, deixando os fãs deliciarem-se com os sons que reproduziram. Mesmo que estivessem em preparação para a equipa, o aparato à volta dos carros não passava despercebido, principalmente na box dos líderes do campeonato.

Ainda houve o grid walk, mas foi só para pessoal autorizado, o que fez com que não pudesse ir ver os carros de mais perto e ficar lado a lado com eles. A corrida começou às 12h sem qualquer tipo de atrasos e seguiu durante as 6h planeadas para a mesma. E a questão que se faz é: o que há para fazer durante seis horas de corrida?

Por ser um evento tão extenso, foi criada uma fan zone fora do circuito, no parque de estacionamento. Nela, havia um ecrã gigante que mostrava a sessão que estava a acontecer em direto, poufs e mesas para se sentarem e disfrutarem da corrida, comes e bebes, simuladores e uma diversão por parte da Peugeot para se ganharem prémios. Ou seja, havia sempre o que fazer se o público quisesse esticar as pernas. Pelo outro lado, dentro do paddock, não houve nada que atraísse o público a sair do seu lugar e divertir-se.

Apesar da falta de diversão, não faltaram bons sítios para se ver a corrida, tirar fotografias ou vídeos menos comuns e apreciar os carros na sua totalidade. Casos como a curva três e quatro, sete e oito e até mesmo a última curva mostravam a velocidade destes carros que, num piscar de olhos, desapareciam.

Fonte: Ana Ventura / Bola na Rede

Houve ainda tempo para um Safety-Car perto do final da corrida depois do VanWall ter tido um problema relacionado com travões e ter batido no muro de pneus. Após isso, foi a luta entre a Corvette e a AF Corse que animou os espectadores que olhavam apreensivos para o ecrã e para a pista ao mesmo tempo, em busca de saber quem iria ganhar a categoria GTE AM.

Com a corrida terminada, todas as atenções se focaram nos carros que chegavam para o parc fermé e, aí sim, houve a oportunidade de estar pertíssimo deles. Depois das inspeções feitas e sem nenhuma anomalia, ficaram estacionados no parque enquanto os fãs tiravam fotos às marcas de guerra que traziam nos seus chassis.

Fonte: Ana Ventura / Bola na Rede

E assim se passou um fim de semana em Portimão, com muito calor e carros do topo do mundo da resistência. Apesar de não ter mencionado, os preços da comida e bebida foram um exagero, por isso seria sempre aconselhado trazer de fora. Os bilhetes, apesar de caros, valem a pena ser comprados se alguma vez sonhou em ver um hypercar/LMP2/GTE AM ao vivo e viver a sensação das 24h de Le Mans de forma um pouco reduzida.

A próxima corrida da WEC será as 06h de Spa, no dia 29 de abril.

Ana Catarina Ventura
Ana Catarina Venturahttp://www.bolanarede.pt
Esta é a Ana Catarina. Apaixonou-se pela Fórmula 1 com 14 anos e a partir desse momento, descobriu o mundo do desporto motorizado. Graças a isso, seguiu o caminho do jornalismo até se licenciar em Jornalismo e Comunicação, na capital do Alto Alentejo.

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