O Futsal é cada vez mais a segunda modalidade em Portugal. Os motivos são vários: o principal é ser ‘semelhante’ ao futebol, mas também conta a forte aposta da FPF, que trabalha como nenhuma outra Federação em Portugal, como se pode ver, por exemplo, no Futebol Feminino.
Portugal fez recentemente dois jogos com o Brasil. Campeão europeu de um lado vs. uma das melhores seleções do mundo – e tudo apontava para grandes jogos.
Apenas tive oportunidade de ver o primeiro dos dois jogos, e vi um mundo de diferença entre as duas seleções. No segundo, pelo que li, as diferenças foram iguais.
De um lado, uma equipa com muitas soluções, muitas ideias e um lote excedente de jogadores. Do outro, um grupo de individualidades, onde, apesar de tudo, não foi “Ricardinho mais quatro”.
O título europeu deu uma falsa segurança a Portugal. O Futsal em Portugal está longe de ser o mais saudável neste momento, sendo que faltam opções a vários níveis.
Ver a exibição de Guitta nos dois jogos – pelo que li, no segundo jogo ainda esteve melhor do que no primeiro – e depois olhar para Vítor Hugo e Bebe… O problema é que André Sousa nunca deu o passo em frente esperado, e Gonçalo Portugal e Cristiano estão tapados precisamente pelos dois guarda-redes da seleção brasileira. Isto dando apenas um exemplo, porque não é este o único ponto negativo neste momento.
Outra das grandes diferenças notadas foi o físico. Os jogadores brasileiros pareciam todos mais fortes fisicamente do que os portugueses e não só de magia vive o Futsal.
É preciso trabalhar-se trabalhar mais e melhor em Portugal para que surjam melhores opções e para que não percamos a posição de topo europeia que temos. Os grandes países europeus começam a despertar para a modalidade, manter tudo como está vai resultar num retrocesso enorme.
Texto revisto por: Mariana Coelho
Foto de Capa: Seleções de Portugal