Antevisão Jogos Olímpicos Tóquio 2020: Os portugueses em ação

    TRIATLO

    É no Odaiba Marine Park que os atletas portugueses se vão lançar às águas para o primeiro dos três segmentos do triatlo. A representação portuguesa vai estar a cargo de João Silva, João Pereira e de Melanie Santos. A prova masculina ocorre no dia 25 de julho, às 22h30. À mesma hora, no dia 26 de julho, arranca a competição feminina.

    A distância olímpica do triatlo é de 51,5 quilómetros divididos por 1,5 de natação, 40 de ciclismo e 10 de corrida. A acompanhar os atletas a cada braçada, pedalada e passo vão estar as altas temperaturas e os elevados índices de humidade.

    A prestação de João Silva num evento teste para esta prova, em Tóquio, no ano de 2019, onde conseguiu um sexto lugar e terminou à frente de nomes fortes do triatlo mundial, deixa água na boca para um bom resultado. O 29.º classificado do ranking mundial vai para a sua terceira participação em Jogos Olímpicos. Em Londres 2012, conseguiu um nono lugar, sendo que no Rio de Janeiro 2016 foi o 35.º a cruzar a linha da meta. Depois de se ter estreado com um quinto lugar no Rio de Janeiro, João Pereira chega a Tóquio com menos competição que o compatriota, mas nem por isso com menos ambição.

    O evento masculino fica marcado pela ausência de Alistair Brownlee, que arrecadou a medalha de ouro nas duas últimas edições dos Jogos. No entanto, nomes como Jonathan Brownlee, irmão de Alistair, e Alex Yee (Reino Unido), Mario Mola e Javier Gomez Noya (Espanha), Vincent Luis (França), Kristian Blummenfelt e Gustav Iden (Noruega), Henri Schoeman (África do Sul), Marten Van Riel (Bélgica), Tyler Mislawchuk (Canadá), entre outros, prometem não facilitar a tarefa aos portugueses. Ainda assim, não é descabido almejar colocar os dois atletas lusos dentro do Top 15.

    Portugal tem na vertente feminina a única medalha olímpica conquistada no triatlo. Vanessa Fernandes, com um segundo lugar em Pequim 2008, foi a autora da proeza. Agora, é hora de Melanie Santos mostrar o que vale. Aos 26 anos vai fazer, em Tóquio, a sua primeira aparição nos Jogos Olímpicos.

    Um lugar na primeira metade do pelotão pode ser um resultado alcançável. Para ambicionar mais do que isso, a portuguesa terá que bater nomes de grande gabarito, tais como Flora Duffy (Bermudas), Georgia Taylor-Brown, Vicky Holland e Jessica Learmonth (Reino Unido), Maya Kingma (Países Baixos), Nicola Spirig (Suíça), Laura Lindemann (Alemanha) ou Katie Zaferes (Estados Unidos). Gwen Jorgensen, ouro em 2016, optou por se dedicar ao atletismo, mas falhou a qualificação para os 5 mil e 10 mil metros pista.

    No dia 30 de julho, pelas 23h30, realiza-se a prova de estafetas mistas, uma das novidades para estes Jogos Olímpicos de Tóquio. Nesta prova, as equipas são constituídas por quatro elementos (dois homens e duas mulheres). Cada membro completa 300 metros de natação, 6,8 quilómetros de ciclismo e 2 quilómetros de corrida antes de dar lugar ao colega. A passagem de testemunho é feita seguindo a sequência mulher-homem-mulher-homem. Portugal apostou na qualificação, mas não vai ser um dos países a disputar a prova.

    Francisco Grácio Martins

    Artigo revisto por Joana Mendes

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