Com quatro jornadas jogadas, os All Blacks parecem estar cada vez mais perto de revalidar o título. Não obstante as muitas alterações no quinze inicial, a Nova Zelândia levou, tal como na semana passada, a melhor sobre a Argentina.
A Nova Zelândia realizou uma exibição de qualidade nos diversos momentos do jogo. No que ao aspeto defensivo diz respeito, os All Blacks conseguiram neutralizar a forte pressão que os argentinos exerceram nos seus 5 metros, através de uma defesa agressiva e veloz, ora nas fases de jogo à mão, ora nas fases estáticas e no maul.
O pack avançado teve um papel primordial, não só defensiva, mas também ofensivamente.
A fisicalidade imposta principalmente por Hoskins Sotutu e Samisoni Taukei’aho foi uma ameaça constante à linha defensiva adversária. Contudo, a Nova Zelândia mostrou alguns problemas no pós-placagem defensivo, concedendo múltiplos turnovers aos argentinos.
Já com bola, os All Blacks foram claramente superiores, sendo que o número de ensaios marcados poderia ter sido maior que cinco. A dupla de centros conseguiu, em diversas ocasiões, ganhar a linha da vantagem à Argentina e criar oportunidades.
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Por outro lado, a Argentina teve algumas dificuldades em assumir o jogo. Ainda assim, na segunda parte conseguiu ter mais bola e causar mais dificuldades ao seu opositor. Contudo, continua ainda muito longe do seu melhor, sendo os zero pontos acumulados na competição a prova de tal.
Se a disputa pelo primeiro lugar está praticamente fechada, o mesmo não se passa com o segundo lugar da tabela. A Austrália voltou a vencer a África do Sul e colocou-se na luta pela segunda posição.
Os Wallabies começaram melhor o jogo, com mais bola e território. Conseguiram criar diversas oportunidades, por meio de um rugby expansivo e rápido, tendo a equipa de Dave Rennie aproveitado bem a superioridade numérica durante os 10 minutos em que Faf de Klerk esteve fora por ter visto um cartão amarelo totalmente desnecessário.
Desta forma, a Austrália conseguiu adiantar-se no marcador, mas os campeões do mundo foram crescendo à medida que o intervalo se aproximava.
O seu par de médios explorou, e com algum sucesso, falhas de cobertura no eixo mais profundo do terreno para colocar o adversário sob pressão. Além do mais, os australianos mostraram-se algo indisciplinados, o que permitiu aos Springboks encurtar a distância no marcador.
Nos segundos quarenta minutos, a África do Sul teve mais posse, mas a Austrália conseguiu fechar o espaço e controlar a profundidade do jogo à mão da linha de três quartos contrária.
Ainda para mais, os Wallabies conseguiram ser mais eficazes e acabaram por concretizar as oportunidades de que dispuseram.
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Por último, Marika Koirobete e Quinn Tupaea foram, a meu ver, os jogadores da jornada. O ponta australiano foi decisivo no desfecho do encontro, ao marcar dois ensaios.
Já o centro da Nova Zelândia tem feito uma época absolutamente fantástica. Com bola, mostrou-se sempre explosivo no ataque à linha da vantagem. Sem a mesma, somou duas recuperações de bola no solo.
Foto de capa: All Blacks