Corria o ano 2002 quando Ding Junhui, apenas com 15 anos, deixava Jiangsu, província chinesa onde nasceu e cresceu, para embarcar no sonho de se tornar uma estrela do mundo do snooker.
Desde cedo ficou visível a qualidade do prodígio chinês. Ainda com 15 anos, foi campeão mundial na categoria de sub-21 e aos 16 tornou-se profissional.
Em 2005, com 18 anos, Ding venceu o seu primeiro troféu World Ranking, ao bater o mítico Stephen Hendry por 9-5 na final do Open da China.
Este seria o primeiro de 21 torneios conquistados enquanto profissional (13 deles pontuáveis para o Ranking).
Logo no início da sua carreira, Ding Junhui foi considerado o melhor chinês de sempre numa modalidade que, até ao seu aparecimento, não tinha grande historial no seu país. O seu crescimento enquanto jogador e o investimento asiático no snooker levou a que, depois de Ding Junhui, não tenham parado de aparecer jogadores chineses com imenso potencial.
Liang Wenbo, Yan Bingtao, Xiao Guodong, Zhou Yuelong, Li Hang ou Yu Delu, todos eles já membros do Top-50 do ranking mundial, começam a passar a imagem de que a China chegou para ficar no mundo do snooker, com o objectivo de se tornar uma das forças dominantes da modalidade.
Num ápice, a fama de “melhor jogador chinês de snooker” começou a parecer curta para a qualidade e potencial de Ding Junhui e logo surgiram as primeiras vozes a reclamar maiores créditos para o jogador. Começou a ser unânime dentro do circuito mundial a ideia de que Ding Junhui era um dos jogadores dominantes da modalidade e crónico candidato aos principais troféus, com expoente máximo no mundial disputado anualmente no Crucible Theatre, em Sheffield, Inglaterra.
Os anos vieram dar razão a quem defendia essa ideia, uma vez que Ding Junhui nunca mais largou os lugares cimeiros do ranking mundial e tem sido uma constante a sua presença nas fases decisivas dos torneios.