TÉNIS PORTUGUÊS
João Sousa e Pedro Sousa – Depois de uma época desapontante para João Sousa, o arranque de 2021 não está a ser melhor, ao ficar de fora do Open da Austrália por ter estado recentemente infetado com o coronavírus, o que nos impediu de ter pela primeira vez três portugueses em simultâneo no quadro principal de um Grand Slam. Ainda assim, espera-se que João Sousa recupere o nível e suba um pouco a sua posição dentro do Top 100.
Por sua vez, Pedro Sousa, se as lesões assim o deixarem, deve ter um estadia mais prolongada no Top 100 e garantir dessa forma uma participação mais assídua em torneios de categoria ATP. Ambos podem ter uma palavra a dizer na próxima edição do Estoril Open – se esta se realizar.
Frederico Silva e João Domingues – Frederico Silva começou a época da melhor forma ao ultrapassar a fase de qualificação do Open da Austrália e deu seguimento aos bons resultados que apresentou na fase final de 2020. Ainda que a sua presença se deva manter maioritariamente em torneios Challenger, esta pode ser uma boa temporada para o número quatro português ameaçar a estreia no Top 100. Mas tal como Pedro Sousa, está bastante dependente da sua condição física e da ausência de lesões.
Já João Domingues, que caiu na primeira ronda da qualificação para a Austrália, precisa de encontrar a mesma consistência exibicional que lhe permitiu vencer os seus dois títulos Challenger, uma vez que os seus resultados não têm impressionado desde a retoma das competições. Pode, dessa forma, somar mais uns torneios desta categoria ao seu currículo.
Gastão Elias e Nuno Borges – Tal como acontece com outros tenistas portugueses, as lesões têm prejudicado de sobremaneira a carreira de Gastão Elias. Na sua melhor forma, é jogador de Top 100, mas não tem tido a continuidade de competição e resultados que lhe permitam manter-se numa posição mais condizente com o seu valor. Espera-se que tenha uma participação mais constante em torneios Challenger durante 2021.
Nuno Borges é, sem sombra de dúvidas, o futuro do ténis português. A colecionar títulos na categoria mais baixa do circuito masculino quase por diversão, este ano deve ver o maiato apostar nos Challenger e subir gradualmente o seu ranking para almejar, num futuro próximo, competir em palcos maiores.
A TER EM CONTA
Último ano de Federer no circuito? – Com 40 anos e um historial de lesões e operações a aumentar de forma gradual, não seria muito surpreendente se esta acabasse por ser a última época do suíço ao mais alto nível. A sua justificação para a ausência no Open da Austrália indicia, precisamente, que a sua prioridade já não é o ténis, o que é perfeitamente aceitável e compreensível.
Nadal ultrapassa Federer em Grand Slams? – No seguimento da aposta em Nadal para voltar a ganhar Roland Garros, a possibilidade do espanhol ultrapassar o seu rival e amigo e se isolar como o tenista com mais Majors conquistados esta época é bastante elevada.
Murray a exceder expectativas? – Mais um desejo, do que uma aposta, espera-se que 2021 proporcione a um dos grandes campeões ainda em atividade resultados e exibições mais condizentes com o seu estatuto. Não é totalmente claro até que ponto a sua condição física lhe vai permitir grandes feitos nesta fase terminal da carreira.
Um novo campeão do Grand Slam? – Depois de Thiem ter “aberto a torneira”, deseja-se que esta época traga mais novidades ao nível de vencedores de Majors. Seja Medvedev, Alexander Zverev, Stefanos Tsitsipas ou outro nome menos esperado, a imprevisibilidade é sempre bem-vinda ao desporto e o circuito masculino de ténis está há muito sedento dela.