ATP Cup | Rússia com nota 10 de 10

    A ATP Cup, este ano, foi alvo de uma reformulação, não porque a edição passada não tivesse tido sucesso, muito pelo contrário, mas sim porque era necessário reduzir o número de equipas participantes e sediar o torneio numa só localidade para tornar viável esta competição no meio de tudo o que estamos a viver.

    Uma das poucas coisas que se manteve foi a forma como as seleções se apuraram para a fase de grupos que foi segundo o ranking do melhor jogador. O formato manteve a fase de grupos, mas passou-a de seis grupos de quatro seleções para quatro grupos de três seleções em que o primeiro classificado de cada grupo se apurou para as meias-finais da prova. Os encontros entre as seleções, os “ties”, eram definidos à melhor de três partidas, duas de singulares e uma de pares.

    GRUPO A

    O Grupo A da ATP Cup era composto pela campeã em título, a Sérvia, que, por ter provavelmente o melhor jogador de sempre a jogar na Austrália, Djokovic, partia como principal favorita à vitória e ainda pela Alemanha e Canadá, que tinham como principais rostos Zverev e Shapovalov.

    Com duas derrotas nos dois primeiros dias de competição, a seleção do Canadá ficou automaticamente fora da luta pelas meias-finais, deixando, assim, que o confronto direto do último dia entre a Alemanha e a Sérvia definisse o primeiro lugar do grupo.

    Com Djokovic sempre em grande nos momentos importantes, era fundamental para a Alemanha conseguir ganhar o singular em que o número um do mundo não entrasse em campo, e foi o que aconteceu. Na primeira partida, Struff conseguiu dar a volta depois de estar a perder por um set a zero frente a Lajovic. 1-0 para a Alemanha. Djokovic, que, apesar de ter deixado fugir o primeiro set no tie-break para Zverev, conseguiu sempre estar no controlo do jogo e nunca pareceu em perigo, acabou por vencer o jogo no terceiro parcial. 1-1, faltava o par que seria decisivo.

    Do lado da Sérvia, Cacic, especialista de pares, alinhava ao lado do inevitável Djokovic. Do outro lado, a Alemanha, juntava os jogadores que tinham disputado os singulares. Os jogos de pares têm tendência para ter muito poucos breaks, ainda mais quando, em campo, está apenas um especialista da vertente, todos os outros são especialistas de singulares, e foi mesmo essa a tendência do jogo, sobretudo no primeiro set onde se assistiu apenas a um ponto de break. Nos dois sets, os momentos decisivos caíram um para cada lado, primeiro para os alemães, 7-6, e depois para os sérvios, 7-5, e, por isso, ia-se disputar o super tie-break (um tie-break disputado até aos 10 pontos) para definir a passagem às meias-finais. No momento de maior pressão, e ao contrário do que nos vem habituando, foi Novak Djokovic que cedeu. Teve um desempenho fraco nesta decisão, entregando, inclusive, dois dos seus pontos de serviço praticamente de bandeja. Os alemães conseguiram superiorizar-se a partir desse momento e carimbaram a vitória por 10-7. 2-1 para a Alemanha que, assim, garantiu o primeiro lugar do grupo e o acesso às meias-finais da ATP Cup.

    GRUPO B

    O Grupo B tinha como principal candidata à passagem a seleção espanhola, numa fase de grupos onde Nadal, com dores nas costas e em modo poupança, não disputou qualquer encontro. As outras seleções do grupo eram seleções bastante modestas, a Grécia, cujo melhor jogador à parte do inevitável Tsitsipas era Pervolarakis, que está bastante fora do TOP-400, e a Austrália que, sem Nick Kyrgios, era francamente inferior à Espanha. Para termos uma ideia, o terceiro espanhol com melhor ranking, Carreño Busta, está mais bem classificado do que o primeiro australiano, Alex de Minaur.

    A conjugação de resultados da Austrália, que tinha perdido contra a Espanha e vencido contra a Grécia, tinha deixado de lado a possibilidade de se apurar para as meias-finais da ATP Cup, deixando para o último dia a decisão do primeiro lugar do grupo para a Espanha e para a Grécia onde a Grécia estaria obrigada a fazer o absolutamente impensável e vencer os espanhóis por 3-0, só esse resultado servia. Bom, não era de facto de prever tal coisa e, com uma vitória espanhola no primeiro singular, com a vitória de Carreño Busta sobre Pervolarakis, a passagem às meias-finais estava garantida para os nossos vizinhos ibéricos. A Grécia até conseguiu vencer as outras duas partidas, depois de Tsitsipas vencer o seu singular e a Espanha ter abdicado de jogar pares, pois já se sabia que nem isso seria suficiente.

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    José Maria Reis
    José Maria Reishttp://www.bolanarede.pt
    O Zé Maria é neste momento estudante daquele que ele espera ser o último ano de Economia no ISCTE. Desde muito cedo que começou a praticar vários desportos exceto, ao contrário da regra geral, futebol porque chamar pé esquerdo ao seu pé direito é um elogio. Mais tarde percebeu que era com uma raquete de ténis na mão que mais gostava de passar o tempo e foi aí que começou a crescer a grande paixão que tem pelo ténis. Vê e acompanha muito desporto, mas o ténis e o futebol, sobretudo o seu Sporting, são a sua perdição.                                                                                                                                                 O José escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.