Voleibol universitário – que futuro, passado, presente?

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    Ainda antes da década de sessenta, António Cavaco, engenheiro natural da ilha açoriana de São Miguel, foi um elemento importantíssimo na divulgação da modalidade continente fora – isto depois de o voleibol ter sido trazido aos Açores pelos militares americanos.

    Tendo vindo cursar engenharia na Universidade Técnica, em Lisboa, Cavaco foi um elemento preponderante neste desporto e na Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico, tendo esta equipa vindo a ser a mais importante marca da fase inicial da competição no país; no primeiro campeonato nacional oficial, em 1947, sagrou-se a AEIS Técnico como primeira equipa detentora do título nacional.

    No mundo da competição nacional – não só no voleibol –, várias instâncias da competição foram criadas. Campeonatos especificamente universitários foram um exemplo de competição específica criada, que fomentou o espírito académico e a inclusão do desporto nas associações académicas e união entre pólos universitários de várias áreas e zonas do país.

    E hoje? Pleno ano de 2014. Como está a competição do voleibol dito ‘académico’? É uma porção muito pequena do desporto académico atualmente, e é maioritariamente composto por equipas femininas.

    Vitória SC - Exemplo de uma equipa com raízes não inteiramente ligadas à academia. Fonte: Vitoriasempre.net
    Vitória SC – Exemplo de uma equipa com raízes não inteiramente ligadas à academia
    Fonte: Vitoriasempre.net

    Felizmente, o leque de opções que as associações do país inteiro têm ao dispor através de vários clubes e em relação aos escalões de formação é elevado. Ou seja, desde bem pequenos há uma porção elevada de pessoas a praticar a modalidade e um conjunto de bons atletas que têm vindo a mostrar boas aptidões para ingressar futuras congéneres profissionais.

    Porque é que o voleibol na universidade tem esta quebra? Será a falta de divulgação? A falta de interesse no desporto assim que os estudantes ingressam no ensino superior?

    É pena, porque existem muitos casos de pessoas que após iniciarem a vida no ensino superior – e que por vários motivos não conseguiram ingressar em equipas federadas mas, mesmo assim, não chegam sequer a informar-se de grupos académicos – que poderiam vir a disputar interessantes torneios universitários e, quem sabe, dar asas a outros rumos em equipas profissionais no futuro.

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    Roberto Sousa Moura
    Roberto Sousa Moura
    O Roberto vem dos Açores, mas não está perdido pela capital e gosta do voleibol que se pratica no país inteiro. É treinador grau II, árbitro regional e pratica voleibol há uns anitos. A bola é sempre na rede, ou melhor: por cima da rede!                                                                                                                                                 O Roberto escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.