5. Cavungi
Benfica (1-2) Boavista 1979/1980
Golos: Cavungi (Benfica) ; Vitor Batista e Julio (Boavista) pic.twitter.com/dhlu8hhlN0— 4grande (@4grande1) February 5, 2021
Este golo marcado ao Boavista não é o melhor para sintetizar as maiores qualidades de Manuel Francisco Salvador, nascido em Luanda em 1957 e cedo repescado para os escalões de formação dos encarnados.
Sob comando do bicampeão europeu e lapidador de diamantes Ângelo Martins, juntou-se a Chalana para se assumir como grande figura das equipas campeãs nacionais de juniores em 1974-75 e 75-76, à custa de muitos golos. Tantos golos que já é integrante a full-time do plantel sénior em 1976-77, quando Mário Wilson decidiu já ser altura de colocar o jovem Cavungi a aprender com os craques.
No ano seguinte chega Mortimore, que lhe dá a oportunidade de cumprir a melhor época da carreira ao alto nível: 20 jogos e quatro golos, que não terão repercussão nas duas épocas seguintes, onde volta a ser última alternativa.
Chega ao Braga em 1980-81, acumulando 10 titularidades em 20 participações na Primeira Divisão – o Benfica, sentindo-o mais preparado, repesca-o. Mas Lajos Baroti tinha Néné, Reinaldo, Filipovic, Jorge Gomes ou Chalana, que entretanto tinha conseguido afirmação muito mais assertiva na equipa e era figura de cartaz.
Cavungi voltou para continuar esquecido. Para 1982-83, chega Eriksson que montará a equipa finalista europeia – Cavungi não entra nos seus planos e o GD Alcobaça, estreante no escalão máximo, assegura os seus serviços.
Seria a última época do clube do Oeste e do angolano na Primeira Divisão. Aos 26, dizia adeus à elite e jogaria o resto da carreira nas divisões inferiores, sem nunca cumprir o imenso potencial que mostrou enquanto menino na Luz.