1. André Carvalhas
Numa altura onde o fosso entre Juniores e Séniores não era preenchido pelas equipas B ou Sub-23, quase inalcançável era a afirmação de jovens talentos. A André Carvalhas, o primeiro grande prodígio do Caixa Futebol Campus, adivinha-se grande futuro – que o seu talento conseguiria fazê-lo saltar da formação para a equipa principal sem qualquer tipo de problemas.
As extraordinárias capacidades na organização, drible e condução faziam dele um às do último terço – e essas qualidades não passaram despercebidas, naturalmente, a José António Camacho em 2007-08, que o convocou para quatro partidas e o integrou junto dos mais velhos.
Chegando Quique Flores, no ano seguinte, é emprestado a Rio Ave e Olhanense, sem reais condições de conseguir lutar por um lugar em plantéis com necessidade urgente de conquistar pontos.
Não havendo paciência, André nunca conseguiu ser figura de registo e em 2009, com Jorge Jesus, perdem-se as esperanças, iniciando-se caminhada sem destino certo. Fátima, Trofense, Naval, Moreirense, Tondela, Portimonense, Cova da Piedade, Académico de Viseu.
Um percurso maioritariamente feito pela Segunda Liga, tornando-o um histórico do segundo escalão – tem três títulos conquistados – e uma peça desejada por quem se assume, ano após ano, candidato à subida.
No vídeo, o livre direto já nos descontos que permitiu ao CD Tondela subir pela primeira vez ao escalão principal. Estávamos em 2014-15. E Carvalhas, ainda que não num palco à medida do seu talento, inscreveu o seu nome na história daquele clube.