AS LÁGRIMAS DE NICO – 2015-16
A última Taça da Liga conquistada pelo Benfica foi conseguida com uma espectacular vitória por 6-2, com uma demonstração do melhor futebol que aquele Benfica 15/16 de Rui Vitória produziu (na segunda volta, sim), quando Pizzi-Jonas-Renato-Nico se entretiam em malabarismos antes de servir Mitroglou. A noite mágica de futebol serviu para honrar e distrair o ilusionista principal, triste pela despedida já mais que anunciada rumo a Madrid numa transferência inevitável, por todas as maravilhosas coisas que Nico criou por cá.
Mas o choro desalmado no momento em que é substituido deixou desde logo á vista parte do seu sofrimento, enternecendo ainda mais os benfiquistas – que encheram o Cidade de Coimbra principalmente para lhe desejar boa sorte. Toda aquela melancolia deixava antever, se quiseremos imputar ao drama do momento um certo tom premonitório, um fracasso anunciado: Nico nunca foi feliz naquele futebol de encontrões e acabou definitivamente para o futebol de elite. Sabendo o que sabe hoje, talvez tivesse voltado atrás na decisão, mas à altura o Atleti, no auge da era Simeone, era realmente portentoso, com uma capacidade diferente de atrair que em 2022.
Antes de Félix, já alguém havia comprometido a carreira ao mudar-se para o Calderón/Metropolitano. Mas Nico também justificou inteiramente a oportunidade numa Liga de topo. Ainda mais que o prodígio português…