5. Nélson
Parabéns, Nélson! 🎉O atleta representou o @SLBenfica em 4 épocas, de 2005/06 a 2008/09. 🔴⚪️ #MuseuBenfica #EPluribusUnum
Nélson, Benfica – Manchester United, 07-12-2005
Estádio da Luz, Lisboa
Acervo SLB pic.twitter.com/6IfIfJBWRO— Museu Benfica – Cosme Damião (@museubenfica) June 10, 2022
Estamos em 2004. Miguel, o titular do Benfica, ganha a titularidade a Paulo Ferreira, o lateral titular do campeão europeu, a meio do Europeu realizado em Portugal.
A Seleção chega à final do torneio, perde com os gregos mas por todo o Continente sabia-se que em Portugal jogavam os dois melhores laterais direitos daquele ano. Como Miguel aguentou mais essa época na Primeira Liga poucos devem saber, mas em 2005 consumava-se a saída para Espanha, para um Valencia acabadinho de ser campeão espanhol e da Taça UEFA (2003-04).
O Benfica não precisou de procurar muito por um sucessor: no Bessa, aparecia de forma fulgurante pela direita um miúdo que ano e meio antes jogava pelo Vilanovense nos Distritais.
Nélson, que fora pescado por Norton de Matos para o seu Salgueiros antes de seguir para os axadrezados de Jaime Pacheco, não tinha um futebol tão simples como o seu nome, sem apelido ou alcunha da moda: era a alegria própria do jogador africano com a destreza física dum atleta de ponta. Na Luz, não se deu pela troca, nos primeiros seis meses levou tudo á frente – brilhou inclusive na Champions, onde o Benfica chegou aos Quartos. Mas foi sol de pouca dura.
O rendimento bombástico não teve continuidade e cedo se percebeu que talvez Nélson não ostentasse a disciplina de outros, nem a regularidade dum titular indiscutível: Fernando Santos perdia a cabeça com a sua liberdade criativa – como já perdera Koeman, que o deixou no banco na eliminatória contra o Barça – , apesar de continuar a confiar nele. Quando chega Camacho, em 2007-08, já Nelson era uma sombra do jogador que tinha sido, entre 2005 e 2006.
Ainda brilhou em Sevilha, ao serviço do Bétis, chegou à Selecção – entre 2009 e 2012 fez quatro jogos de Quinas ao peito – experimentou o Calcio ao serviço do Palermo, além de outras experiências na La Liga tipo Pamplona (Osasuna). Uma carreira de respeito mas muito aquém do que prometeu, quando foi o melhor projecto de lateral português e o confirmou naquela curta sequência de meses ao serviço do Benfica.