5 “one season wonders” do SL Benfica

    4. Ola John

    Jorge Jesus perdeu a cabeça pelo menino prodígio holandês naquele play-off de acesso á Liga dos Campeões 2011-12. O Benfica enfrentou um Twente apetrechado de trutas – havia Mihaylov, Rosales, Leroy Fer, Nacer Chadli ou Luuk de Jong, gente treinada por Co Adriaanse e depois, a partir de Janeiro, por McClaren – mas quem despontava verdadeiramente no conjunto era um garoto de 19 anos encostado à linha do lado esquerdo, apesar de ser destro.

    Ola John fizera 19 jogos no ano de estreia e partiria para uma época na qual realiza 50, mas é no inicio dessa caminhada que o Benfica se convence da sua contratação. O 2-2 em Enschede augura a qualificação para a segunda parte na Luz, mas o extremo fez gato-sapato de Maxi Pereira e dizia-se , Comunicação Social fora, que Jesus teria ficado… abismado.

    Confirmar-se-ia então no final da temporada, quando o Benfica pede ajuda á Doyen para desembolsar nove milhões no seu passe. 2012-13 corre como se prevera, 42 jogos com quatro golos e sete assistências, ficando na retina os pormenores técnicos capazes de rivalizar com o melhor Gaitán e a forma competente como rendia os titulares, sobretudo na Europa. Nada fazia prever o descalabro nos anos seguintes.

    2013-14 forma-se um super plantel, o miúdo perde espaço e começa a enxurrada de empréstimos falhados: Hamburgo, Reading, Wolves, Depor, Vitória de Guimarães. Só em 2018 o Benfica decide que já chega, que não há volta a dar, e o deixa sair livre. Até hoje, pouco se explicou e muito há por se perceber quanto ao eclipse total de alguém munido de recursos técnicos de elite – talvez tenham faltado outros tão ou mais importantes, como os mentais.

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Pedro Cantoneiro
    Pedro Cantoneirohttp://www.bolanarede.pt
    Adepto da discussão futebolística pós-refeição e da cultura de esplanada, o Benfica como pano de fundo e a opinião de que o futebol é a arte suprema.