1. Ferro
Desde David Luiz que não se via alguém sair tão bem a jogar a partir da primeira linha. Ferro foi uma lufada de ar fresco quando apareceu na segunda volta de 2018-19, quando se complementou perfeitamente com a impetuosidade de Rúben Dias e foi pedra basilar naquele título benfiquista.
Bruno Lage, o mesmo que o potenciou até ao limite do seu talento, foi o mesmo que o manteve no grelhador quando o peso calamitoso da crítica afundava até os mais resilientes. Ferro, que nunca teve na parte mental o auge do seu jogo, foi-se continuamente abaixo, acabando a sua carreira no Benfica num estado lastimoso, desportiva e mediaticamente.
Jorge Jesus, como seria de esperar, nunca teve a sensibilidade nem a paciência para o reabilitar – e Ferro deixou-se enterrar na mediocridade, no banco do Benfica e por ligas de menor calibre.