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Chiquinho – Tal como o alemão, também Chiquinho tem sido das maiores vítimas da interpretação dos adeptos e principalmente do seu treinador. Com jogadores para um 4-2-3-1, a equipa técnica encarnada força um 4-4-2 inexplicável.
Entre Weigl, Taarabt, Pizzi, Rafa e Vinícius, pode surgir um jogador talentoso e criativo de seu nome Chiquinho. Pode surgir este jogador a receber bola entre-linhas, a ajudar a equipa a subir no terreno em progressão; pode surgir este médio de frente a criar e a dar linhas de passe em zonas de finalização e aparecendo ele próprio sem marcação a finalizar. É mais um jogador em campo que pode contribuir para o preenchimento de todo o espaço ofensivo da equipa e proporcionando qualidade à construção de jogo e idealização de jogadas.
Contudo, é usual vermos Chiquinho fora do jogo, fora da sua zona, condicionado à marcação dos defesas. Está ali qual Mário Jardel ao lado de Vinícius à espera do cruzamento.
Chiquinho e Pizzi devem ser os vagabundos do meio-campo ofensivo, alternando entre si os posicionamentos, mais ao centro ou à direita. Mas só Pizzi o faz. Quantas vezes não dependemos da capacidade de Rafa acelerar 20 metros para chegar ao marcado Chiquinho? Quantas vezes não dependemos da capacidade de Taarabt em ludibriar tudo e todos para chegarmos ao marcado Chiquinho? Quantas vezes não dependemos dos cruzamentos laterais a 30 metros da baliza de Tomás Tavares para a bola chegar ao marcado Chiquinho?
Há um buraco no meio-campo ofensivo encarnado que urge preencher e esse buraco é a zona de acção do Chiquinho – ou deveria ser.