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Dyego Sousa – Não o vi a jogar nestes seis meses que esteve na China e portanto falarei do Dyego avançado do SC Braga. Esse Dyego é uma excelente opção para o plantel de qualquer um dos grandes em Portugal.
Um avançado forte e capaz de segurar a bola e ganhar espaço entre os centrais, um avançado com boa técnica para conduzir a bola e combinar com os seus colegas, um avançado com excelente qualidade de finalização, seja com o seu pé direito ou com a cabeça. Portanto, um avançado de área capaz de actuar tanto no jogo directo como no jogo apoiado, tanto pelo ar como pelo chão e capaz de criar para si e para os outros oportunidades de finalização. Muito semelhante a Vinícius.
Para mim, o grande problema desta contractação de Inverno foi o seu significado. Com Vinicíus e Seferovic no plantel e sem João Félix ou qualquer outro que faça a sua posição, urgia contractar um segundo avançado, um jogador que jogasse atrás do ponta de lança, mais móvel e mais de frente para a baliza. Era essa a carência da equipa.
Contudo, contratou-se mais um ponta de lança. Deixou-se uma carência crucial por suprir e amontoou-se as opções para aquela posição onde só actua um jogador e no máximo, em casos extremos, só deveriam actuar dois. A mensagem da contractação do Dyego foi que o SL Benfica procurava mais um jogador para o chuveirinho. Não se foi buscar um avançado para melhorar o jogo colectivo da equipa, foi-se buscar um avançado para o jogo de desespero de balões para a área nos últimos minutos dos jogos quase perdidos (ou empatados).
Este foi o meu receio com esta contractação e até ao dia de hoje é um receio que está descaradamente a comprovar-se. Um bom avançado que chegou mais para ser um problema do que uma solução.