A queda de João Mário | SL Benfica

E João Mário? Mais sete titularidades, 545 minutos. Ao todo vamos em quantos? 1537′, apenas uma ausência – folga dada por Jesus na primeira jornada do campeonato, metida entre os confrontos com o PSV. Compreensível.

Entrando em novembro, inicia-se o processo de canonização do mártir. Tanto jogo só podia dar mau resultado. Dia dois ainda vai com a equipa a Munique perder 5-2 e cumprir 77 minutos. Mas nesse fim-de-semana, na Luz, não dá para mais: num jogo que até acabou por correr muito bem ao SL Benfica e ao seu substituto, Paulo Bernardo, João Mário sai tocado aos 23 minutos da primeira parte.

O corpo ressentira-se de tanto esforço. Nesse mês, a acalmia no período de jogos – apenas cinco – foi conveniente. Era obrigatório descansar. Nem sequer é chamado para o confronto da Taça de Portugal, dia 19, e é suplente utilizado nos outros dois. 206 minutos ao todo. Ufa!

Mas era preciso voltar à guerra. A orquestra não era a mesma sem o maestro. Mas o maestro também já não era o mesmo, porque a cabeça queria, mas o corpo talvez já não respondesse da mesma forma.

Tanto assim foi que ainda cumpriu seis titularidades nos sete jogos que a equipa fez em dezembro, ainda que tenha sido substituído em cinco deles, consecutivos, numa sequência curiosa: nos primeiros dois sai aos 73’, nos outros três aos 66’. Os números denunciam um qualquer plano – João já requeria uma gestão física muito mais cuidada.

Porém, dia 28 sai o seu mestre. O episódio da rescisão amigável entre Jesus e clube traz Nelson Veríssimo à tona como treinador principal, com ideias em tudo diferentes: o sistema de três centrais sai de cena, acaba-se a proteção extra à parelha ‘empantufada’ da intermediária.

Mudam as rotinas, exige-se muito mais aos dois em termos táticos – a equipa ressente-se, naturalmente, os resultados irregulares acabam por expressar a queda intermitente de João Mário – mas que no mês de janeiro continua enquanto titular. Faz cinco em cinco jogos, ainda que só tenha completado dois. Foram 428 minutos, dentro da média.

Na entrada em fevereiro complica-se tudo: João Mário é infectado por Covid dia três e demora naturalmente a recuperar. Desde aí (ou desde a final da Taça da Liga, a 29 de janeiro, melhor dizendo), nenhuma titularidade – em seis jogos, apenas três vezes participou como suplente utilizado, num total de 90 minutos. Naturalmente, numa evidente baixa de rendimento.

Pedro Cantoneiro
Pedro Cantoneirohttp://www.bolanarede.pt
Adepto da discussão futebolística pós-refeição e da cultura de esplanada, de opinião que o futebol é a arte suprema.

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