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Sigurd Rushfeldt – O senhor que Vale e Azevedo acusou de ter feito «chichi nas calças» ao deparar-se com os adeptos no campo de treino e ter «chorado que nem uma madalena» antes da conferência de imprensa de apresentação, o que levou o clube a alegar falta de condições psicológicas do jogador.
Sigurd era um prolífico avançado escandinavo, que ainda hoje é o máximo marcador da Eliteserien, figura de um Rosenborg assíduo na Liga dos Campeões. As gerações mais antigas certamente recordarão o terror que era jogar em Trondheim, onde tanques como Rushfeldt deslizavam sobre o gelo no cerco à baliza adversária e encurralavam as equipas pouco habituadas às adversas condições climatéricas.
É maioritariamente neste contexto que faz 116 golos divididos por 164 encontros, estatísticas que motivaram a aproximação do Benfica. Chega a Lisboa, embrulha-se num dos esquemas do, então, presidente encarnado, ainda tira fotografias de águia ao peito, mas é despachado uns dias depois para Espanha, onde o esperavam em Santander os representantes do Racing. Veio-se a descobrir, anos mais tarde, que a história rocambolesca não passava de uma… «Mise-en-scène» para recuperar o dinheiro à FIFA.