SL Benfica 1-0 SC Braga: Águia avassaladora está mais perto do título

    Benfica

    A CRÓNICA: PÉROLA DE RAFA FAZ EXPLODIR A LUZ E CASTIGA O BRAGA

    A 31.ª jornada da Primeira Liga tinha como jogo cabeça de cartaz o clássico entre o SL Benfica e o SC Braga.

    O encontro era “o jogo” que valia um campeonato, era o selo que servia para aproximar ainda mais o Benfica ao desejado título de campeão nacional. No momento fundamental, os encarnados tinham a obrigação de ganhar e não traíram as expectativas de uma Luz em festa, impondo-se pela margem mínima com um golo de Rafa Silva.

    Os bracarenses vinham de oito resultados positivos consecutivos, sete dos quais foram vitórias. Com a ausência de Al Musrati, indisponível por lesão, o seu lugar foi ocupado por Racic, ligeiramente mais recuado na proteção à defesa.

    Do outro lado, o Benfica confirmou novamente João Neves no meio-campo no lugar de Florentino, e Aursnes como defesa direito no lugar de Bah, embora este último já estivesse recuperado.

    Depois do apito apito inicial, as duas equipas entraram muito enérgicas, mas foi a da casa que assumiu rapidamente o jogo e a posse de bola.

    A insistência benfiquista na fase de ataque cresceu visivelmente, com o onze de Schmidt a atacar mais a profundidade e a utilizar, sobretudo, as laterais.

    O dinamismo ofensivo dos lisboetas criou aos 17 minutos uma grande oportunidade, quando um cruzamento de Gonçalo Ramos, da direita, quase seria concretizado por João Mário de cabeça, tendo sido travado graças à intervenção de Borja. Três minutos depois, foi Rafa a ter nos pés a bola da vantagem, mas nem desta o Benfica conseguiu furar a baliza.

    Por outro lado, a agressividade dos encarnados não permitia ao SC Braga ter o tempo para pensar, nem a lucidez para recuperar a bola. Foi só à passagem da meia hora que os minhotos conseguiram aproximar-se à grande área dos caseiros, mas sem grande perigo para Odysseas.

    Os últimos minutos do primeiro tempo foram novamente animados pela garra benfiquista, com as águias a aproximarem-se repetidamente da baliza arsenalista, mas sem sorte na fase de finalização.

    A segunda parte viu o Benfica entrar em campo com um ritmo mais calmo, com a clara intenção de poupar energias até o fim, mas sem renunciar aproximar-se da baliza de Matheus, sempre que fosse possível.

    Do outro lado, o Braga também entrou mais motivado, embora demonstrando-se mais sólido, sobretudo na fase defensiva.

    Foi aos 60 minutos que os lisboetas andaram novamente perto da vantagem: cruzamento tenso da esquerda de Grimaldo, com Gonçalo Ramos a mandar a bola à parte exterior do poste.

    O inferno da Luz continuou com entusiasmo a acompanhar as tentativas dos seus jogadoras, mas em campo os jogadores de Schmidt continuavam a não conseguir concretizar os perigos criados.

    O apoio das bancadas viu finalmente a sua concretização em campo, aos 67 minutos, com uma pincelada de Rafa que, em contra-ataque, lançado por Neres em grande velocidade, conseguiu ‘envenenar’ a baliza de Matehus.

    Ainda numa transição ofensiva, aos 76 minutos, Rafa – outra vez ele – tentou um remate de chapéu que passou por cima da baliza, perdendo, por muito pouco, a oportunidade de fazer o xeque-mate no jogo.

    No final, aos 85 minutos, chegou uma das melhores oportunidades para o Braga, sob iniciativa do melhor dos minhotos, Bruma, que cruzou da direita e apanhou a cabeça de Banza, que não conseguiu acertar na baliza de Odysseas.

    Os oito minutos de compensação foram um autêntico sofrimento para os adeptos do Benfica, com, pelo meio, um momento de grande confusão (e tensão) entre os dois bancos. Ainda assim, depois do apito final, todo o estádio da Luz pôde levantar os braços ao céu e festejar uma merecida e sofrida vitória. O título número 38 está, agora, realmente a caminho.

    A FIGURA

    Fonte: Carlos Silva/ Bola na Rede

    Rafa – O avançado encarnado decidiu o jogo, provavelmente o mais importante da época, injetando o veneno na baliza arsenalista no momento de maior crescimento do Braga. O golo deu uma lufada de confiança geral, levando o Benfica a meter – muito provavelmente – o selo decisivo para ganhar o campeonato nacional.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Carlos Silva/ Bola na Rede

    Abordagem ao jogo do SC Braga – Artur Jorge tinha pedido aos seus jogadores para serem ambiciosos e determinados no jogo, mas a abordagem ao mesmo não foi a certa.

    O Braga não entrou em campo com a atitude correta e deixou o Benfica fazer tudo o que sabe fazer melhor: ter a bola e atacar a profundidade. Os momentos de lucidez foram demasiado poucos para cortar o entusiasmo ofensivo do Benfica.

    O BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    SL BENFICA

    BnR: Mister, boa noite. Parabéns pela vitória. Hoje, o seu Benfica abordou muito bem o jogo e a vitória foi o resultado mais justo. Se tivesse que encontrar um ponto negativo da prestação da equipa, qual seria?

    Roger Schmidt: Se tenho mesmo que encontrar um ponto negativo, talvez seja o não ter aproveitado todas as oportunidades que tivemos. O resultado fica curto quando a equipa tem assim tantas oportunidades como foi hoje.

    Gostei de como os jogadores enfrentaram o jogo, com intensidade e entusiasmo. Fomos menos eficazes do que era esperado, mas realizámos um grande jogo e só posso estar orgulhoso do que fizemos.

    SC BRAGA

    BnR: Mister, boa noite. Depois da derrota de hoje, o Braga está definitivamente fora da luta pelo título de campeão nacional?

    Artur Jorge: Nós nunca estivemos oficialmente na luta pelo título. O que nós queremos é fazer mais, conquistar mais, certamente. Ainda temos três jogos pela frente e ainda temos em aberto os nossos objetivos, como a final da Taça de Portugal. Este jogo não invalida a excelente campanha que fizemos até agora. Não gostamos do resultado, mas é apenas e só um jogo, e continuaremos em busca de mais, que passa essencialmente por tentar vencer os três jogos que faltam do campeonato.

    Artigo revisto por Gonçalo Tristão Santos

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    Paola Amore
    Paola Amorehttp://www.bolanarede.pt
    A Paola nasceu e cresceu na Itália, mas há seis anos foi “adotada” por Lisboa, onde atualmente reside. Formou-se em Comunicação e Jornalismo na Sapienza - Universitá degli Studi di Roma, e atualmente está a tirar uma Pós-Graduação na Universidade Católica Portuguesa em Comunicação e Marketing de Conteúdos. Viu a sua primeira partida de futebol com seis anos e nunca mais parou, decidindo que um dia ia tornar jornalista de desporto, sonho que concretizou aos 21 anos, quando adquiri a sua carteira profissional. Adora ouvir os jogos de futebol no rádio, sobretudo Liga Serie A e Liga Portugal, e adora visceralmente o Alessandro Del Piero. É mais fácil encontrá-la em qualquer estádio ou pavilhão - porque também gosta de vólei e futsal – que não na sua casa!