Até ver o Benfica tem sido exactamente isso, uma pequena onda de especulações. Falar em dispensas é sempre complicado. Vem-me à memória uma cena da série The Office, em que Rick Gervais chama um dos funcionários e demora eternidades para o informar que os serviços dele já não vão ser precisos.
Temo que Rui Vitória precise do mesmo tipo de método para deixar alguns partir. Asseguradas parecem as idas de Douglas e Gabriel Barbosa. Sejamos honestos, nunca deviam ter chegado. Douglas só fez (inserir palavrão adequado) enquanto jogou pelo Benfica. Ainda hoje, em Manchester, há gente a perguntar quem era aquele menino, que andava por ali perdido, na lateral-direita, e a quem Martial fez tanto mal. Já Gabigol é o mais um caso do Síndrome de Aquilani. Jogador que supostamente é fantástico e por onde passou fez estragos, mas depois é uma nulidade de futebolista.

Fonte: SL Benfica
Sabendo que estes dois casos estão arrumados falta ver o resto. Quem mais poderá ser dispensado no mês de Janeiro? Bem… as minhas “dispensas” são tantas que terei de ser sintético. Para começar, Filipe Augusto.
É o típico caso do jogador que é óptimo para o Rio Ave, para o Guimarães ou para o Valência de 2015, mas não para um Benfica que quer ser campeão nacional e que aspirava a ir longe na Liga dos Campeões. Não é Fejsa, não tem o toque de bola de Pizzi e cheira-me que é daqueles a quem devemos perguntar: “O que é que tu tinhas que o André Horta não tinha?”
Depois dele surgem dois nomes, Seferovic e Jiménez. Em matéria de pontas-de-lança sou sensível. Odeio o facto de Jiménez correr de forma inconsequente, mas depois adoro aquela garra e não desistir dos lances. Já em Seferovic, adoro o facto de ter um remate potentíssimo, mas depois acho-o banal em tudo o resto. Resultado, chego à conclusão de que nenhum deles serve para o Benfica. Contudo, nesta fase da época só deve ir um embora. Não nos podemos dar ao luxo de só ter Jonas, não vá o diabo tecê-las.