Da glória à turbulência financeira. Dos grandes palcos à tentativa de sobrevivência. Esta é uma realidade cada vez mais presente no futebol português, e dos clubes, e que reflete o emergente negócio em que está transformado o Desporto-Rei.
O processo de intensa profissionalização de que a modalidade foi sendo alvo, ao longo das últimas décadas, introduziu mudanças significativas nos clubes – as suas estruturas organizativas passaram a ser semelhantes às de uma grande empresa de outra indústria.
A cruel necessidade do mercado de manter/aumentar os seus lucros a todo o custo tornaram-se o combustível de um futebol transformado numa incubadora financeira e a insuflar uma bolha prestes a explodir em muitos clubes.
Numa conjuntura marcadamente voltada para o negócio e na qual as entidades clubísticas se afiguram como verdadeiros heliportos…. onde aterram e saem jogadores a uma velocidade vertiginosa… as dificuldades estruturais surgem e, por vezes, conjugar uma boa gestão com bons desempenhos dentro das quatro linhas torna-se uma missão impossível, razão que leva muitos clubes ao abismo.
Porém, conseguir renascer das próprias cinzas, qual fénix, e voltar às competições profissionais é uma tarefa de louvar e que várias equipas têm conseguido alcançar. Assim, no presente proponho-me a destacar cinco clubes que conseguiram reerguer-se após momentos conturbados, tentando voltar aos grandes palcos…de onde caíram. Decidi não colocar o CF Estrela da Amadora, que teria lugar cativo nesta lista, dado que já foi dedicado um artigo relativo à formação da Reboleira.