SC Braga 1-0 1. FC Union Berlin: Armada portuguesa sai vitoriosa

    A CRÓNICA: HÁ QUE SABER SOFRER PARA DEPOIS SE TRIUNFAR

    Segunda jornada da fase de grupos da Liga Europa, e no Municipal de Braga entravam duas equipas que têm vindo a surpreender nos respetivos campeonatos nacionais. SC Braga, segundo classificado da Liga Portuguesa e 1.FC Union Berlim, que ocupa o primeiro posto do campeonato alemão, prometiam uma grande partida de futebol e a melhor levaria quem estivesse concentrado durante mais tempo.

    A turma portuguesa entrou em campo com três pontos da primeira jornada, ao passo que os alemães haviam perdido e estavam, por isso, mais pressionados. Teriam de replicar o que vêm feito nas competições nacionais para conseguirem bater os minhotos, que vinham de sete vitórias consecutivas.

    Cedo se percebeu que equilíbrio seria a palavra de ordem durante os 90 minutos, e o jogo não teve grandes oportunidades de parte a parte. Os alemães foram-se aproximando com mais qualidade, chegaram mesmo a mandar uma bola ao poste mas as oportunidades nunca foram realmente perigosas.

    Ao intervalo Artur Jorge falou com os seus jogadores e a verdade é que para os segundos 45 minutos a equipa veio com outra vontade. Começaram a ser mais dominantes e a criar mais oportunidades, enquanto que os alemães se foram retraindo e procurando mais situações de contra-ataque.

    Em campo começou a aparecer o SC Braga que temos visto esta época e, a haver golo, teria de ser dos portugueses. Foi isso que aconteceu aos 77 minutos, depois de um remate de André Horta que, depois da defesa do guarda-redes, sobrou para Vitinha, que por sua vez encostou para o fundo das redes. Estava desfeita a igualdade e os Guerreiros do Minho seguiam em vantagem, perante uma muito bem organizada turma alemã.

    Até fim do jogo os comandados de Artur Jorge souberam controlar o jogo e não permitiram grandes oportunidades ao adversário, pelo que os três pontos voltaram a ficar em Portugal. Seis pontos para os minhotos, que estão agora muito bem encaminhados para seguir para a próxima fase da Liga Europa.

    A FIGURA

    Vitinha – Num jogo com um equilíbrio tão grande, destacar-se-ia quem conseguisse aparecer nos momentos decisivos. Vitinha percebeu, primeiro que todos, onde aquela bola iria cair e conseguiu encostar dando os três pontos à sua equipa. Nota de mérito para Matheus, que na primeira parte segurou os “arsenalistas” e os catapultou para uma segunda parte de luxo.

     

    O FORA DE JOGO

    Frederik Ronnow – Se de um lado Vitinha se destacou por ter aparecido no sítio certo à hora certa, do outro era o guarda-redes do 1.FC Union Berlim que podia ter feito algo mais no lance do golo. Defendeu para o lado, como dizem as leis, mas poderia, numa fração de segundo, ter percebido que por ali estava Vitinha que seria uma ameaça à sua baliza. Não é um lance de clara culpa própria, naturalmente, mas em 90 minutos tão equilibrados tem de se escolher aquele cujo mais pequeno erro pode ter feito a diferença.

     

    ANÁLISE TÁTICA – SC BRAGA

    Artur Jorge dispôs a equipa num 4-4-2 com dois médios mais fixos e de “passe-receção”, como são Al Musrati e Racic, relegando para o banco André Horta, com características diferentes, nomeadamente na capacidade de transporte. Na linha mais recuada apareceram Fabiano pela direita, Tormena e Paulo Oliveira no centro e Sequeira na esquerda, com o apoio dos dois médios já referidos. Ricardo Horta e Álvaro Djaló jogaram nas linhas, com o português sempre mais interior enquanto que a jovem promessa desequilibrava mais através da velocidade e drible na linha. Na frente de ataque do SC Braga jogaram Banza e Vitinha, os dois pontas de lança que têm dado muito que falar, e que têm feito uma excelente época ao serviço dos “arsenalistas”.

    Na primeira parte a equipa de Artur Jorge não conseguiu apresentar-se no melhor, mas depois do intervalo o treinador conseguiu colocar a equipa a ocupar os sítios certos, dando um autêntico espetáculo para os adeptos que estavam nas bancadas.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Matheus (8)

    Fabiano (7)

    Tormena (7)

    Paulo Oliveira (7)

    Sequeira (6)

    Al Musrati (7)

    Racic (6)

    Álvaro Djaló (6)

    Ricardo Horta (6)

    Vitinha (8)

    Banza (6)

    SUBS UTILIZADOS

    André Horta (7)

    Iuri Medeiros (6)

    Abel Ruíz (6)

    André Castro (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – 1. FC UNION BERLIN

    Urs Fischer dispôs a sua equipa como é habitual, num 3-5-2 muito compacto que têm dado resultados essencialmente a nível defensivo. Knoche, Jaeckel e Diogo Leite constituíram o trio de centrais, com Puchacz a fazer toda a ala esquerda e Ryerson a ala direita. No meio jogaram Schafer, Haberer, Khedira, com Becker e Siebatcheu na frente, os dois criativos e explosivos que são responsáveis por empurrar a equipa para as vitórias.

    Na primeira parte a estratégia montada pelo técnico acabou por resultar, tendo faltado apenas o golo, que esteve perto numa ocasião. Na segunda a turma portuguesa conseguiu superiorizar-se e os alemães não tiveram capacidade para aguentar o ritmo.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES 

    Ronnow (5)

    Knoche (6)

    Jaeckel (6)

    Diogo Leite (7)

    Reyrson (7)

    Schafer (7)

    Haberer (6)

    Khedira (6)

    Puchacz (6)

    Siebatcheu (6)

    Becker (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Trimmel (6)

    Haraguchi (6)

    Skarke (5)

    Leweling (5)

    Behrens (5)

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    Guilherme Vilabril Rodrigues
    Guilherme Vilabril Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    O Guilherme estuda Jornalismo na Escola Superior de Comunicação de Comunicação Social e é um apaixonado pelo futebol. Praticante desde os três anos, desde cedo que foi rodeado por bola e por treinadores de bancada. Quer ser jornalista desportivo, e viu no Bola na Rede uma excelente oportunidade para começar a dar os primeiros toques.