Noruega sem Bola de Ouro

Fonte: FIFA
A ideia do Mundial não passa só por ver o que os underdogs como a Jamaica podem fazer nos grandes palcos. Parte do entusiasmo destes torneios também se centra em ver as melhores a jogar contra as melhores. Assim, quando a Bola de Ouro de 2018, Ada Hegerberg, anunciou que não acompanharia a Seleção Norueguesa no avião para França, o choque foi generalizado.
Mas porque é que a jogadora do Olympique Lyonnais (clube com quem conquistou quatro Ligas dos Campeões seguidas) tomou esta decisão? Na verdade… ninguém percebeu ao certo.
Referiu questões já conhecidas, como a diferença de condições entre homens e mulheres no desporto rei, e ainda a disparidade nos pagamentos, tanto de clubes como de patrocinadores. Mas também pareceu criticar as suas próprias compatriotas, quando falou da mentalidade no futebol feminino norueguês. “Estão sempre a dizer que temos de maximizar o nosso potencial, mas isso não acontece na prática. Eu sinto que tenho feito isso, mas não posso ser só introspetiva. É por isso que cheguei a esta escolha”.

Fonte: FIFA
Hegerberg ficou assim em causa, sob muita confusão alheia. E foi em casa que viu a sua Seleção a vencer dois dos três jogos da fase de grupos (perdeu 2-1 contra a França), com exibições que não deixaram propriamente água na boca aos adeptos da seleção nórdica.
Com a Austrália pela frente nos oitavos de final, a Noruega terá de mostrar a Hegerberg a tal mentalidade, se quiser trazer para o país o seu primeiro título num Mundial.