E assim termina mais uma temporada no Reino do Dragão. Fecham-se as cortinas da primeira liga. Mais uma época atribulada e sem títulos e mais uma vez ficou adiada a tão desejada festa na Avenida dos Aliados.
Ao longo do ano desportivo fui apontando erros e carências tanto do corpo técnico como da estrutura e, claro, dos jogadores. Não obstante, fui sempre pedindo apoio dos adeptos e tranquilidade para a equipa, pedindo que se esperasse pelo terminus do campeonato para que se pudesse, então, obter uma avaliação e uma retrospetiva mais lúcidas de tudo o que se foi passando. Não tendo sido um apoiante do treinador escolhido, já que não lhe reconhecia competências técnicas para um clube com a dimensão do FC Porto, fui, no entanto, um membro da oposição à chicotada psicológica nos momentos de maior desconfiança. Pedi estabilidade, tranquilidade e apoio e nada disso faltou à equipa. Chega a hora de fazer o balanço.
O FC Porto versão 2016/2017 falhou em toda a linha. Há que dizê-lo; não há como fugir a esta realidade. Entrou em quatro competições, não ganhou nenhuma, e, não tendo feito uma campanha brilhante, longe disso, apenas cumpriu os objetivos mínimos na Liga dos Campeões (caiu nos oitavos-de-final frente à finalista Juventus).
Ora, vejamos, na Taça de Portugal foi afastado pelo Desportivo de Chaves, uma boa equipa do nosso futebol, na terceira eliminatória. É verdade; em Novembro o FC Porto já estava afastado da segunda prova mais importante em Portugal e os adeptos tinham aí a primeira certeza da época, a de que não iriam ao Jamor. Os Dragões foram eliminados na marcação de grandes penalidades e podem queixar-se de erros grosseiros de arbitragem que prejudicaram, e muito, a sua equipa. No entanto, não conseguir marcar um único golo ao Chaves em 120 minutos de futebol é preocupante e não há erro de arbitragem que escamoteie esse facto.