O FC Porto fez o seu quinto golo na Liga nos primeiros 15 minutos de jogos da Primeira Liga. E se, no início da temporada, se olhava para a importância dos golos tardios dos dragões, com vários pontos resgatados até para lá dos 90 minutos, é igualmente importante olhar para os golos precoces dos portistas.
Fazer o 1-0 cedo permitiu aos azuis e brancos duas coisas: tranquilizar os próprios ânimos, que poderiam vir um pouco mais em franja depois da eliminação na Taça da Liga, e obrigar os gansos a serem proativos na busca de um resultado positivo em pleno Dragão.
Não que a turma casapiana seja equipa de se encolher e se coibir de atacar (e com qualidade), mas a permanência insistente do nulo no marcador poderia induzir maior cautela aos visitantes.
O golo cedo no encontro foi, por isso, fator-chave na conquista dos três pontos pelo FC Porto. Mas não menos importante foi o golo bem cedo na segunda parte. O 2-0 “arrumou” o jogo. Além de o placar ganhar um volume muito difícil de contrariar pelos gansos, a forma como o golo surgiu deve ter colocado ainda mais dúvidas nas cabeças dos homens do Casa Pia AC.
É que, pela primeira vez neste campeonato, os gansos sofreram de bola parada. A chegada de Pedro Moreira ao comando técnico obriga, naturalmente, a um processo de aprendizagem de novos processos, métodos e filosofias, mas o cair de um registo até então perfeito na bola parada terá, certamente, acrescido danos ao sofrer, já de si penalizador, do 2-0.
O 3-0 e o 3-1 compuseram o resultado final a favor do FC Porto, num cumprir da ordem natural das coisas. A história estava contada aos 49 minutos, com o ponto final colocado por Zé Pedro. As boas entradas nas partidas dão muito, muito jeito.