Apesar deste momento menos bom, não está tudo mal no FC Porto ou, pelo menos, não está tudo tão mal como num passado recente. Quando Paulo Fonseca treinava o clube olhar para o banco de suplentes do FC Porto era, no mínimo, encarar um cenário desolador. Hoje já não é assim! O plantel tem qualidade, precisamos apenas que essa qualidade individual seja otimizada, entenda-se, transformada em processos coletivos igualmente de excelência. A dúvida hoje já não é se joga Licá ou Josué, mas antes se a equipa conseguirá tirar o máximo partido da exímia leitura de jogo de Óliver ou dos desequilíbrios criados por Brahimi. Portanto, estamos hoje mais perto do sucesso do que há três anos atrás, e é a esse facto que nos devemos agarrar para, cada vez mais, apoiar a equipa e acreditar que “o nosso momento” está mais perto.
A atitude dos jogadores ao longo da época foi sempre aquela que quisemos que ela fosse, foi sempre aquela que exigimos ao jogador “à Porto”. Porém, não basta ter garra; há que ter qualidade, tanto a nível individual como coletivo. E apesar de o futuro campeão nacional de futebol também não primar por essa qualidade coletiva, é aí que ainda estamos um pouco atrás, é por aí que temos que melhorar. Quando o conseguirmos fazer, não há arbitragens que parem o FC Porto, não há discursos fantasistas provindos de Lisboa que nos afetem, não há muro que consiga suster a força desta onda azul e branca. Porque juntos somos mais fortes e é juntos que, no futuro tal como no passado, voltaremos a vencer e a levar mais além o nome do clube com o qual vibramos incontrolavelmente. Somos Porto!
Francisco Sampaio
Foto de Capa: FC Porto