Um novo ano e chega, assim, a tradicional hora dos balanços. Hoje trago a este espaço aquele que, para mim, foi o melhor onze do FC Porto no ano civil de 2022. Um onze que não respeita, forçosamente, o desenho tático mais vezes utilizado por Sérgio Conceição, mas que tem em vista premiar os jogadores que mais evoluíram e melhor interpretaram a missão de representar um clube como o FC Porto.
Diogo Costa – Ano de afirmação. Novo dono da baliza da seleção nacional, brilhantes exibições vestido de azul e branco e um dos destaques da fase de grupos da Liga dos Campeões. É, hoje, um dos jogadores mais valorizados e cobiçados na sua posição.
João Mário – Escolha difícil, mas óbvia. Manafá passou o ano lesionado, Rodrigo Conceição ainda não mostrou estofo e Pepê tem, naturalmente, lugar mais à frente. O potencial está lá, faltou consistência e inspiração. Que 2023 seja o ano do jovem formado no Olival. Muito para melhorar.
Pepe – Apesar de algumas lesões, não podia ficar de fora. Por tudo o que representa dentro e fora do campo e pela capacidade e competência que apresenta a caminho dos 40 anos, Pepe é, ainda, pilar tanto no clube como na seleção.
Fábio Cardoso – Não é, nunca foi e, talvez, nunca venha a ser indiscutível. No entanto, aproveita cada oportunidade para mostrar serviço, compromisso e solidez. Havia outros candidatos, nomeadamente Mbemba, mas é um justo prémio pela regularidade que vai apresentando.
Zaidu – Titular ao longo de todo o ano. Tem enormes dificuldades tanto a defender como a atacar. A velocidade é a sua maior arma e virtude e acaba por ficar ligado de forma decisiva ao ano de sucesso do FC Porto. Afinal, foi dele o golo que carimbou o título.
Matheus Uribe – Esteio e pulmão do meio-campo portista. É o bombeiro de serviço e é um jogador fundamental na estratégia do treinador. O responsável por manter a equipa equilibrada e a sua renovação deverá ser prioridade máxima para a SAD.
Stephen Eustáquio – Talvez o seu desempenho individual não tenha sido, para muitos, suficiente para a entrada neste onze. A evolução que teve e a preponderância que assumiu na equipa indicam o contrário. Acrescentou intensidade, rotação e golo.
Vitinha – Os portistas suspiram de saudade. O único com lugar no onze que só fez parte do plantel em metade do ano civil. Um médio de qualidade ímpar que tem deslumbrado em França e que controlou brilhantemente o meio-campo portista na época passada.
Otávio – Na minha opinião, o jogador do ano. É a presença de Otávio, naturalizado português e figura na seleção, que permite ao FC Porto a variabilidade tática que Sérgio Conceição idealiza. A atacar e a defender, a pausar ou a acelerar, a definir ou a transportar, está feito um jogador total.
Pepê – Coube a Pepê a missão de substituir Luis Díaz. Como jogadores, não se podem comparar e o brasileiro não atingiu, ainda, o patamar estelar do colombiano. É, ainda assim, o mais empolgante e desequilibrador do plantel e a sua polivalência tem sido ferramenta para toda a lavoura. Tem, ainda, grande margem de progressão.
Mehdi Taremi – Inteligência é, provavelmente, a palavra que melhor o define. Não é um finalizador nato, mas é um dos avançados mais completos e que melhor lê o jogo e os seus diferentes momentos que vi jogar com a camisola do FC Porto. Decisivo em toda a manobra ofensiva da equipa, teve mais um ano de grande nível.
Um feliz 2023 a todos os leitores do Bola na Rede!