FC Porto 3-0 CS Marítimo: Não deprimir era o objetivo, ganhar a obrigatoriedade

    Obrigado a vencer por forma a colocar pressão no rival, o FC Porto não fez por menos e despachou um Marítimo que pouco ou nada poderia fazer, depois de se ver em desvantagem numérica logo aos oito minutos. Ainda assim, só no segundo tempo o dragão teve ideias para ludibriar a defensiva madeirense. Ao penalti desbloqueador de Alex Telles, juntou-se a cabeçada triunfal de Militão e a classe de Brahimi. Tudo somado, o FC Porto passa a noite na liderança à espera de uma escorregadela encarnada em Moreira de Cónegos. O campeonato está ao rubro!

    Cinco minutos de jogo no Dragão e já muito para contar. Denominador comum? O vídeo-árbitro. Primeiro, João Capela fez uso da tecnologia para anular um penálti favorável aos azuis e brancos, para mais tarde transformar em vermelho direto o cartão amarelo que tinha sido exibido a Lucas Áfrico quando este travou a corrida de Marega em direção à baliza de Charles. Parecia dado o mote para uma noite bem tranquila dos homens da casa… mas não foi bem assim.

    Sérgio Conceição repetiu os onze de Roma e Feirense e nem mesmo o facto de jogar com mais um elemento desde os oito minutos fez com que o técnico portista abdicasse dessa matriz, pelo menos até ao intervalo.

    A turma insular, como dissemos, viu as dificuldades triplicarem quando Lucas Áfrico cometeu uma daquelas imprudências que pode fazer ruir qualquer estratégia que se tenha planeado para o jogo logo à nascença. Ainda assim, a equipa nunca se desorganizou e teve o mérito de adiar o mais que pôde o golo portista.

    Antes da mão cheia de intervenções decisivas, um momento de ilusão de ótica: ao minuto 24 gritou-se golo no Dragão, mas tudo não passou disso mesmo, de uma pura ilusão. Lembra-se do segundo golo do FC Porto frente à AS Roma, caro leitor? Pois bem, mude-lhe o autor do passe (desta vez foi Otávio na assistência) e o desfecho do lance (agora a bola embateu nas malhas laterais) para perceber o que sentiram as 46 mil almas que estiveram no estádio.

    O FC Porto ia por esta altura dominando o jogo a seu belo prazer, mas com evidentes dificuldades para furar na defensiva maritimista e o mais perto que os portistas estiveram de traduzir a superioridade numérica em golos foi já no prolongamento da compensação dada por João Capela na primeira parte. Após um canto da direita, a bola sobrou ao segundo poste para Herrera, que aplicou toda a força no pé direito, mas a barra negou-lhe o festejo. No seguimento do lance, Danilo ainda fez golo, mas estava em posição ilegal.

    Gamboa travou o remate de Soares com a mão e do penálti nasceria o primeiro golo do FC Porto
    Fonte: Diogo Cardoso/Bola na Rede

    Falhar era uma palavra proibida e, por isso, ninguém do lado portista saiu satisfeito para o intervalo. A obrigatoriedade de criar pressão no rival SL Benfica era tanta que Sérgio Conceição deixou no balneário Pepe para lançar no jogo Manafá e, com isso, devolver Militão ao centro da defesa. Não terá sido essa alteração a desbloquear a partida, mas o certo é que os dragões ganharam vantagem logo no início do segundo tempo. Soares tentava alvejar a baliza de Charles quando Gamboa, com os braços totalmente abertos, lhe travou a intenção. Capela precisou da ajuda do VAR para ficar sem dúvidas.

    Dúvidas foi coisa que Alex Telles também não teve na hora de enfrentar o guardião insular. Desde o primeiro momento que o brasileiro – motivado pela primeira chamada à canarinha – mostrou a confiança necessária para fazer respirar de alívio a plateia (1-0).

    Quebrada a resistência madeirense, mais não restou ao dragão do que dar a estocada final no adversário. Sem clemências, Militão saltou mais alto que toda a gente após canto na esquerda e atirou a contar (2-0). Capela teve de usar o VAR pela quarta vez para perceber se algo de irregular se tinha passado.

    Até ao final, e já com o Marítimo resignado, só tempo para Brahimi juntar maior brilhantismo ao resultado, fechando as contas depois de um trabalho simples mas eficaz (3-0).

    ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES

    FC Porto – Casillas, Militão, Felipe, Pepe (Manafá, 46), Alex Telles, Danilo, Herrera (Óliver, 77’), Otávio (Brahimi, 70’), Corona, Marega e Soares.

    AS Roma – Charles, China, Lucas Áfrico, Grolli, René Santos (Jean Cléber, 46’), Gamboa, Pelágio (Correa, 65’), Barrera (Rodrigo Pinho, 74’), Nanu, Getterson e Fabrício.

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    Ricardo Anselmo
    Ricardo Anselmohttp://www.bolanarede.pt
    O azul e o branco é parte fundamental da vida do Ricardo. O amor pelo FC Porto faz dele um adepto ferrenho dos 'dragões'. Tem na escrita um amor quase tão grande como o que tem pelo clube, sendo sobre futebol que incide a maior parte das suas escrituras. No futuro, espera encontrar no jornalismo a sua ocupação profissional.                                                                                                                                                 O Ricardo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.