O ataque do FC Porto tem ficado, em muitos jogos, aquém das expectativas. Este fenómeno tem ocorrido principalmente em jogos a contar para a Liga do Campeões, estando o último jogo frente ao Liverpool muito fresco na memória.
Apesar da armada portista criar muitas e boas oportunidades de golo, tem pecado muito na decisão, no último passe e no mais essencial, a bola ultrapassar a linha de baliza. O último jogo em Anfield foi um dos bons exemplos, com pelo menos três ocasiões, praticamente de baliza aberta, e não conseguiram concretizar.
Mas este filme já se tinha repetido por duas vezes frente ao AC Milan e uma frente ao Atlético de Madrid, onde é visível a superioridade ofensiva da turma de Sérgio Conceição, mas talvez o nervosismo de jogar na melhor competição do mundo do futebol, impeça que os jogadores consigam marcar golos que teoricamente pareciam fáceis.
FC Porto marcou apenas três golos em cinco jogos
O pior desta falta de eficácia é que tem custado pontos que podem pôr em causa a passagem à próxima fase da competição. Somente por uma vez, em casa, frente ao AC Milan, o FC Porto conseguiu os três pontos mesmo depois de muito desperdício.
Klopp: «FC Porto teve um melhor início e causou problemas»https://t.co/ttjNSz6etj pic.twitter.com/K58NzijzUN
— maisfutebol (@maisfutebol) November 24, 2021
Não é de certeza por falta de qualidade que os golos não têm aparecido, pois se formos comparar com as estatísticas do campeonato a média de golos por jogo tem sido dez vezes superior, isto porque os portistas apenas faturaram por três vezes em cinco jogos na prova milionária.
A verdade é que este ano os azuis e brancos caíram no “grupo da morte” e já se avizinhava uma missão extremamente complicada de ultrapassar.
Uma das razões que pode explicar a falta de eficiência é o facto de termos pela frente equipas muito bem preparadas taticamente e com muita experiência europeia e se alinharmos isto com o nervosismo habitual de competir nesta prova, faz com que o medo de falhar seja muitas vezes superior à vontade de ser bem-sucedido.
O Liverpool teve mais posse de bola na 1.ª parte (56%-44%), mas o FC Porto fez o dobro dos remates (6-3) – ainda assim, o Liverpool fez + remates enquadrados (2-1)
⚠Uribe fez um total de 5 cortes na 1.ª parte, o máximo do jogo pic.twitter.com/hAX7YNQoFg
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O FC Porto irá defrontar o Club Atlético de Madrid no último jogo da fase de grupos, o jogo de todas as decisões, que terá como palco o Estádio de Dragão. É mais que obrigatório vencermos este desafio de forma a carimbar bilhete para os oitavos de final.
Contudo, para alcançar o objetivo, será necessário manter a mesma pressão alta e a mesma onda ofensiva com uns pequenos retoques, calma na tomada de decisão, no último passe e não ter medos de rematar à baliza. Se os jogadores se concentrarem e confiarem nas suas qualidades os golos vêm por acréscimo.