As equipas do Famalicão e do Boavista mudaram a sua disposição tática, apostando ambas num esquema de três centrais, e encaixaram quase na perfeição uma na outra, como, inclusive, referiu na conferência pós-jogo João Pedro Sousa, técnico do Famalicão. Também como referiu o treinador dos minhotos, quando assim é, os desequilíbrios individuais ganham outro peso.
A este elemento junta-se, diria, a bola parada. E foi precisamente por estes dois parâmetros que a partida, quase sempre amarrada, se desmontou aqui e ali. Do lado do Boavista, pelos desequilíbrios individuais – com ênfase para Salvador Agra -, do lado famalicense pela bola parada. Os golos apontados são exemplos disso.
Acho que há margem para dizer que as panteras estiveram melhores do que os homens de Famalicão na segunda parte e não estiveram piores no primeiro tempo, mas não ceio haver margem para dizer que seriam justos vencedores. O empate ajustou-se ao que as equipas fizeram e, sobretudo, ao que não fizeram.
Houve muita basculação, mas pouco sentido de baliza. Houve competitividade nos duelos, mas faltou vertigem ofensiva. Houve pouco, faltou muito. Um ponto para Famalicão e Boavista não cai nada mal.