Qual é a importância do rendimento exibicional anterior nas equipas? É lógico que há influência, nomeadamente na confiança dos jogadores ou na falta dela para o jogo.
Este aspeto parece ter influenciado o início do Académico Viseu para o jogo. Assertivos na defesa, os viseenses dispuseram de várias oportunidades de golo nos primeiros 15 a 20 minutos da partida e não foi de estranhar chegar ao golo por André Clóvis, antes da meia hora de jogo.
O goleador brasileiro marcou o quarto golo esta temporada e está longe da época de estreia nos viseenses que foi de luxo. Cada golo é uma oportunidade de reabilitação e Clóvis, com a equipa a ganhar confiança e a definir bem pelos corredores, fica mais perto de chegar perto dos 31 golos apontados em 2022/2023.
Já o Leixões, tal como o Académico, bem posicionado na classificação da Segunda Liga e em posição do lugar de acesso ao playoff de subida, não conseguia ganhar há três jogos fora, antes do jogo em Viseu.
O último jogo que culminou na eliminação da Taça de Portugal frente ao Braga não parece ser a razão de ter afetado a equipa em Viseu. No entanto, percebeu-se a formação de Matosinhos tentou resguardar e dar iniciativa do jogo aos beirões para, numa transição ou esperando pelo cansaço do adversário, desferirem o golpe falta.
O golo sofrido cedo não ajudou e a clarividência faltou a formação treinada por Carlos Fangueiro para chegar ao golo, perante uma sólida defesa do Académico Viseu. Só por duas vezes Gril teve de se esforçar para evitar o golo do Leixões, o que é curto para uma equipa que estava em igualdade pontual com o Académico, na quarta posição na Segunda Liga.
Depois do jogo, os viseenses afastaram-se na classificação do Leixões, porém nada mudou. Para os treinadores das duas equipas, a subida não é o principal objetivo. Será a realidade ou apenas uma forma de retirar a pressão dos jogadores? A segunda volta ditará as certezas.
BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA
BnR: Ao intervalo, o mister colocou Gautier Ott no lugar de Simão. O que pretendia trazer de novo para o jogo?
Rui Ferreira: Simples, o Simão já tinha amarelo. Se há jogador que não merecia sair era o Simão que estava a jogar muito bem para uma estreia a titular do miúdo que veio dos sub23 contra uma equipa como Leixões. Portanto, a personalidade que ele demonstrou, só valoriza aquilo que o Académico está a fazer na formação, nomeadamente nos sub23 e demonstra claro o mérito daquilo que se está a fazer na formação.
O miúdo esteve muito bem, teve grande capacidade. A dada altura, teve uma falta depois de levar o amarelo e nós sabíamos que pela inexperiência que ele ainda tem, poderia começar a ter ali uma outra bola fora de tempo e levar o segundo.
A juntar a isso, metemos um jogador com características também diferentes, mais velocista, que é o caso do Ott, para dar velocidade e tentar chegar ao golo numa transição.
Leixões
BnR: O Leixões fez a primeira substituição já depois do Académico Viseu ter mexido no jogo. Por volta da hora de jogo, fez entrar Kibe para o lugar de Paulité. O que é que pretendia de mudar no jogo?
Carlos Fangueiro: Foi o primeiro jogo do Kibe após uma lesão muito grave, portanto, estou felicíssimo pela reentrada dele em jogo, por ser opção. O jogador tem muita qualidade, é um jogador que tem um porte atlético muito grande e é alguém que guarda muito bem a bola. Era aquilo que nos estava a faltar na frente.