A semana em que os fantasmas tentaram sair do esgoto

    Em relação às afirmações de que Bruno de Carvalho suja a grande história do clube e não respeita o seu passado grandioso, volto a referir duas coisas: não foi Bruno de Carvalho que necessitou de sabotar uma eleição para chegar à Presidência do Sporting e não foi sob a sua alçada que um dirigente enveredou por caminhos criminosos, já utilizados pelos nossos rivais, sujando, aí sim, a grande história do Sporting Clube de Portugal. Depois, penso que é certo dizer que o passado grandioso do clube, com prestígio europeu, o estatuto de “grande de Portugal” e de maior potência desportiva nacional, foi realmente ameaçado pela gestão de Godinho Lopes e de outros semelhantes a ele, como Dias da Cunha e José Eduardo Bettencourt.

    Também podemos lembrar que um dos jogadores “a seguir” no Euro 2016, Eric Dier, foi vendido a preço de saldo por culpa deste antigo Presidente. Aliás, olhando para o seu mandato, quase diria que nem Manuel Serrão ou Pedro Guerra teriam afundado tanto o clube de Alvalade. É patética a forma como vem agora exigir indemnizações aos atuais dirigentes. Ele é que devia indemnizar o clube, depois do trabalho ridículo que fez à frente da Presidência.

    Bruno de Carvalho tem conseguido segurar as grandes pérolas do clube. Fonte: Sporting Clube de Portugal
    Bruno de Carvalho tem conseguido segurar as grandes pérolas do clube.
    Fonte: Sporting Clube de Portugal

    Além disso, mostra que não tem vergonha nenhuma na cara e vem dizer, tentando passar por bom samaritano e sportinguista, algo que não me parece que seja, que não falou mais cedo por “não querer perturbar a atual época desportiva”. Ora bem, veio falar antes da 31.ª jornada, quando a equipa está numa corrida eletrizante com o SL Benfica pelo título. Só compreendo este timing por uma, eventual, razão: Godinho Lopes, enquanto Presidente, colocou o Sporting a lutar com o Rio Ave, Sporting de Braga, Vitória de Guimarães e Paços de Ferreira pelos lugares europeus. E, nesta fase da época, já os “leões” estavam deploravelmente arredados da luta pelos seus objetivos. Talvez Godinho Lopes tenha sonhado que ainda era ele o Presidente, lembrou-se subitamente de que estamos em abril e veio dar um ar de sua graça, apesar de ele não ter graça nenhuma para um verdadeiro sportinguista que se preze.

    Dias da Cunha é outro ex-dirigente que quer processar Bruno de Carvalho, por causa dos processos levantados pela atual direção leonina relativamente a anteriores gestões. É importante referir aqui um ponto essencial: a atual direção está a processar as anteriores em resultado de uma auditoria de gestão que ditou gestão danosa por parte das mesmas. Já os ex-dirigentes estão a processar Bruno de Carvalho porque foi este que lhes fez cair a máscara. É simples ver quem é que prejudicou o Sporting Clube de Portugal, quem sujou e desprestigiou a sua história e quem esteve perto de enterrar o clube, que só não caiu devido à força brutal da sua grande massa associativa. Talvez Dias da Cunha tenha sido aconselhado para esta ideia do processo num dos seus almoços com Luís Filipe Vieira e João Gabriel.

    O que é certo é que o atual Sporting respira saúde, impõe respeito aos adversários e, acima de tudo, mostra que está a seguir um rumo, planeado e estruturado. Bruno de Carvalho voltou a trazer os adeptos ao estádio, voltou a fazer com que os adeptos sintam verdadeiro orgulho nas vitórias do clube. Algo que eu não via há muitos anos…

    Foto de capa: Sporting Clube de Portugal

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    Diogo Janeiro Oliveira
    Diogo Janeiro Oliveira
    Apaixonado por futebol, antes dos livros da escola primária já lia jornais desportivos. Seja nas tardes intermináveis a jogar, nas horas passadas no FIFA ou a ver jogos, o futebol está sempre presente. Snooker, futsal e andebol são outras paixões. Em Portugal torce pelo Sporting; lá fora é o Barcelona que lhe enche as medidas. Também sonha ver o Farense de volta à primeira…                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.