Não, não vos vou apresentar aqui uma monografia sofre a teoria desenvolvida por Albert Einstein, até porque não tenho conhecimentos tão aprofundado sobre Física, e, para a maioria de nós, seria pouco interessante.
Quer dizer, não vou falar concretamente sobre a teoria em si até porque a relatividade que vos quero falar não é exactamente a que o génio alemão estudou ainda que possamos encontrar algumas similaridades.
De um modo geral e sucinto, a teoria de Einstein diz-nos que quanto mais rapidamente nos movemos mais lentamente o tempo passa. Ou seja, o tempo é relativo para cada individuo dependendo da velocidade a que este se movimenta. Ora no futebol existem muitas relatividades mas não vamos estar a culpar o “senhor da língua de fora”. Era o que mais faltava.
No futebol português, há a relatividade de um soco, empurrão, brisa, sopro dependendo do individuo que o executa. E até o tempo em que se decidem os castigos, ou não, para esses lances é relativo, uma vez que pode ser mais ou menos rápido dependendo do “artista”. Bem, se calhar, pensando bem, o Albert até tem alguma culpa nisto.
No nosso futebol é relativo se determinando lance é amarelo ou vermelho. Também o é quando se tenta perceber se o VAR deve ou não intervir. Tudo é relativo quando mudam os intervenientes. Ou seja, provavelmente isto só acontece porque uns são mais rápidos que outros e não tem nada a ver com as cores das camisolas. Mais uma vez, talvez isto seja culpa do alemão e da sua teoria.
Agora, a FPF considera que há campeonatos que valem mais que outros, ou porque havia menos equipas, ou porque eram mais do norte, ou mais do sul, mais à direita ou à esquerda.
Talvez seja porque queiram agora que as competições de um determinado espaço temporal afinal não contem e fossem só a brincar. E aqui já não estou a ver onde vou conseguir culpar o génio da relatividade porque encontro o “tempo”, mas não consigo ver onde enquadrar a “velocidade”. Só se for a velocidade com que determinados indivíduos se mexem para fazer valer os seus interesses e vontades. E quanto a isso acho que os dirigentes do Sporting já não vão a tempo. A única hipótese seria eles serem tão rápidos que o tempo, em vez de andar mais devagar, começasse a andar para trás.
A teoria da relatividade do futebol português foi descoberta há muito, devidamente implementada, e tem também a ver com tempo e velocidade. As noções de títulos e conquistas de competições são relativas dependendo da época (tempo) em que se disputou, e como na teoria original, a velocidade do individuo influencia o tempo. Ou seja, os indivíduos que chegaram primeiro aos lugares de poder e decisão implementaram qual o tempo em que deveriam passar a contar os campeonatos.
Dizem que queremos somar títulos sem os ter ganho, mas a verdade é que foram conquistados, para nosso azar no tempo que não contava, talvez porque nesse tempo os indivíduos que agora mandam mais ainda não tivessem o peso que têm agora. Ah, pois, “peso” igual a “massa”, mais uma variável que Einstein depois aplicou quando desenvolveu a teoria. No caso do futebol, a “massa” também tem “peso” e também influencia a velocidade e o tempo.
No fundo, tudo isto é relativo. E o facto de o Sporting ter ganho os campeonatos que provou ter ganho também é relativo. Os títulos de antigamente não devem ser iguais aos títulos da actualidade. Talvez não se ganhassem da mesma maneira.
Isto é quase como dizer que, como a taça das taças já não se disputa, os clubes que a conquistaram teriam que ficar sem esses títulos. Ou os que ganharam a taça UEFA deixaram de contar com esses títulos porque o modelo competitivo mudou e se passou a chamar Liga Europa.
Futebol Nacional – AG extraordinária da FPF decidiu: fica tudo na mesma na questão dos campeões nacionais https://t.co/IFHYeD2pMp
— Diário Record (@Record_Portugal) June 29, 2022
Assim com os clubes que ganharam a Champions quando ainda não tinha essa denominação e não tinha a mesma competição de grupos, deveriam deixar de poder dizer que foram campeões da europa. Mas, pronto, tudo é relativo. E, neste caso, a velocidade de uns altera o tempo de outros. (Mas aposto que se, pela mesma teoria, quisessem alterar o número de títulos europeus, alguns indivíduos cá de Portugal seriam bem rápidos a tentar que tempo parasse.)