CD Santa Clara 1-2 Sporting CP: De Besta… a Salvador

    A CRÓNICA: LEÕES VOLTAM ÀS VITÓRIAS COM EXIBIÇÃO MONSTRUOSA DE ADÁN

    CD Santa Clara e Sporting CP defrontavam-se em São Miguel, depois de uma derrota nos encontros antecedentes para cada uma das duas equipas. Os leões somaram um pesado desaire diante do Marselha, a meio da semana, em jogo a contar para a Champions League e os açorianos vinham de uma derrota fora de portas, contra o Rio Ave FC para a Primeira Liga

    Os maus resultados das equipas faziam anteceder um início de jogo frenético. Nada mais errado. Lento, mastigado no meio-campo e sem grandes oportunidades de parte a parte, foi assim que se caraterizaram os primeiros dez minutos de jogo.

    Com o bater do compasso, o Sporting começou a assumir as rédeas do jogo, detendo a posse de bola com evidente supremacia, tentando furar uma muralha açoriana que, muitas vezes, colocava à frente de Gabriel Batista, seis homens. A estratégia montada por Mário Silva sustentava-se com as oito baixas por lesão e pelas baixas no eixo central da equipa. A posse de bola era preterida em detrimento da organização defensiva, numa equipa compacta, a defender em bloco baixa e a oferecer pouco espaço aos leões.

    O golo dos leões surgiria já próximo da meia hora de jogo, com Morita a marcar à sua ex-equipa. Até final da primeira metade da contenda, o Santa Clara aproximou-se da baliza de Adán por intermédio de Gabriel Silva e Ricardinho, elementos inconformados no ataque, com o primeiro a estar próximo do golo, num lance que seria anulado por fora de jogo.

    Na segunda parte, houve uma transfiguração total na equipa de Mário Silva. A equipa subiu mais no terreno, começou a ser mais pressionante, provocando erros consecutivos ao jogo da equipa leonina, tornando-se mais acutilante no jogo.

    Bicalho, Ricardinho e Bruno Almeida estiveram próximos de empatar a contenda, mas surgiu sempre Adán, intransponível, a responder com defesas de grande nível à exibição desastrosa a meio da semana.

    Do lado dos leões, pouco, muito pouco. A exibição na segunda metade do jogo contrastou com a primeira, com o Sporting a ter menos bola e a ser displicente nos momentos de transição ofensiva. Defensivamente, a equipa mostrava muitas dificuldades em salvaguardar a baliza. Mas, no melhor pano cai a nódoa.

    O Sporting, através de um remate portentoso de Nuno Santos, dilataria o marcador, em completa contra corrente no jogo.

    O Santa Clara viria a encerrar a marcha no marcador por intermédio de Tagawa, colocando alguma justiça no jogo.

    O Sporting volta a somar os três pontos, fora de casa, num jogo em que valeu Adán entre os postes a travar a fúria açoriana na segunda parte.

    A FIGURA

    Sporting
    Foto: Carlos Silva / Bola na Rede

    Adán – De besta em Marselha, a bestial nos Açores. Adán esteve bastante interventivo no segundo tempo e foi graças a ele que a equipa regressou às vitórias.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: CD Santa Clara

    João Lima – O avançado brasileiro passou ao lado do jogo. Foram raríssimas as vezes em que conseguiu manter a bola e mostrou-se perdido no retângulo de jogo, tendo dificuldades em interpretar a estratégia de Mário Silva.

     

    ANÁLISE TÁTICA – CD SANTA CLARA

    O CD Santa Clara apresentou-se com o esquema 4-2-3-1. Com uma equipa bastante agastada por lesões, Mário Silva foi obrigado a operar algumas mexidas no onze inicial, adaptando alguns jogadores a atuar fora da sua posição original. Gabriel Batista substituiu o lesionado Marco Pereira nas redes açorianas. À sua frente, uma linha de quatro: Sagna na lateral direita, MT jogou adaptado como lateral esquerdo, enquanto Adriano e Paulo Eduardo jogaram no eixo central. Bobsin e Anderson Carvalho desempenharam funções no miolo do terreno, com Bobsin a atuar como médio ofensivo. Nas alas, de um lado Gabriel Silva e, do outro, Ricardinho procuraram imprimir velocidade ao jogo, enquanto que João Lima iniciou o jogo como homem mais adiantado no terreno dos bravos açorianos.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Gabriel Batista (4)

    Anderson Carvalho (6)

    Ricardinho (7)

    Adriano (6)

    MT (Allano 64’) (5)

    Pedro Bicalho (Bruno Almeida 82’) (5)

    Paulo Eduardo (6)

    Gabriel Silva (7)

    Bobsin (Andrezinho 64’) (5)

    João Lima (Tagawa 45’) (3)

    Pierre Sagna (Stevanovic 76’) (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Tagawa (João Lima 45’) (8)

    Allano (MT 64’) (6)

    Andrezinho (Bobsin 64’) (6)

    Stevanovic (Pierre Sagna 76’) (5)

    Bruno Almeida (Pedro Bicalho 82’) (5)

     

    ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP

    O Sporting CP apresentou-se com o esquema 3-4-3. Depois de uma derrota contundente diante do Marselha, Rúben Amorim operou algumas substituições no onze inicial. Adán voltou a merecer um voto de confiança de Rúben Amorim, enquanto que o trio defensivo foi composto por St. Juste, o regressado Coates e Matheus Reis. Na linha média, Morita e Ugarte voltaram a somar uma titularidade, tendo a companhia de Esgaio à direita e Nuno Santos à esquerda. O trio ofensivo foi composto por Edwards na direita, Pote na esquerda e Paulinho como o pivot ofensivo.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Adán (9)

    Matheus Reis (6)

    St. Juste (Gonçalo Inácio 51’) (6)

    Coates (6)

    Morita (Sotiris 73’) (7)

    Edwards (Rochinha 73’) (6)

    Nuno Santos (7)
    Ugarte (6)

    Paulinho (Trincão 66’) (5)

    Pedro Gonçalves (5)

    Esgaio (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Gonçalo Inácio (St. Juste 51’) (6)

    Trincão (Paulinho 66’) (5)

    Sotiris (Morita 73’) (5)

    Rochinha (Edwards 73’) (6)

    Artigo revisto por Joana Mendes

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    Raquel Roque
    Raquel Roquehttp://www.bolanarede.pt
    A Raquel vem dos Açores, do paraíso no meio do Oceano Atlântico. Está a concluir a licenciatura em Estudos Portugueses e Ingleses. Guarda os clássicos da literatura, a Vogue e os jornais desportivos na mesma prateleira.                                                                                                                                                 A Raquel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.