Enquanto houver estrada para andar… | Sporting

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    Enquanto houver estrada para andar, o Sporting não vai parar. Se em tempos o caminho para o título era longo e uma miragem distante, agora, está apenas a dois pequenos passos de ser alcançado.

    Ao ritmo de Jorge Palma, o jogo frente ao Vitória em Alvalade marcou um virar de página no sprint final dos leões para o Marquês. Antes desta partida, a visão verde e branca, afetada pela esperança encarnada, olhava para o calendário com um pequeno receio escondido entre o entusiasmo do envolvimento atual, uma vez que os acontecimentos seguintes no calendário dos leões não se avizinhavam fáceis. Tanto o jogo frente ao sensacional Vitória SC de Álvaro Pacheco, que já havia surpreendido os leões na primeira volta, quanto a deslocação ao dragão, no dia a seguir às eleições portistas, podiam colocar os leões numa situação delicada caso algo não corresse de feição à turma de Rúben Amorim.

    Contudo, esse cenário hipoteticamente desastroso foi aliviado com a exibição frente ao Vitória em Alvalade.

    Mais do que os três pontos, os leões levaram consigo a confiança e a certeza de que já nada pode parar a armada verde e branca nesta reta final do campeonato. Numa altura em que a equipa poderia eventualmente acusar indícios de cansaço ou até de pressão face ao clima imposto, o conjunto de Alvalade superiorizou-se de uma forma categórica frente aos adversários e cimentou ainda mais a liderança no topo da tabela.

    Tal como em toda a época, o Sporting beneficiou de um conjunto de elementos que se complementam e formam uma estrutura perfeitamente equilibrada e funcional. Se os adversários impõem um estilo de jogo, como Álvaro Pacheco tentou fazer em Alvalade, os leões conseguem reagir e contornar as adversidades da melhor forma. É difícil de destacar apenas um elemento individual como a figura principal do jogo se olharmos para o que se passou dentro das quatro linhas ao longo dos 90 minutos. Cada jogador dos leões complementa-se com os companheiros que tem à sua volta e, juntos, conseguem criar uma superioridade quase imbatível, principalmente em solo caseiro.

    Viktor Gyokeres bisou no jogo entre o Sporting e o Farense
    Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

    Com quatro jogos restantes até ao final da temporada, o Sporting só precisa de mais duas vitórias para se voltar a sagrar campeão nacional. Uma realidade que ainda não é garantida e que Rúben Amorim faz questão de relembrar jogo após jogo. Uma mentalidade que foi passada aos jogadores e permitiu que, até ao momento, a caminhada dos leões não fosse marcada por percalços durante o percurso. Ainda que não tenham chegado até aqui de uma forma perfeita, os leões têm vindo a caminhar de forma consistente, sabendo aproveitar qualquer tipo de dificuldade imposta para fortalecer o conjunto posteriormente.

    Os leões podem dizer que gozaram bem a sua rota, e agora, com o dragão pela sua frente, a estrada até ao título de campeão nacional percorre-se com mais confiança, com mais expectativa e com a leveza de que o fim da estrada não é mais um cenário de infelicidade e melancolia.

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    Guilherme Terras Marques
    Guilherme Terras Marques
    Orgulhoso estudante da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, vê no futebol e na sua cultura uma paixão. É apenas mais um jovem ambicioso que sonha fazer do jornalismo desportivo a sua vida. Escreve com o novo acordo ortográfico