Eu sei que…

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    … O Mundo talvez não saiba que pelo Sporting eu sou doente; obviamente que não sabe. Mas, mais que isso, eu sei de que família faço parte: a família sportinguista.

    Cada vez tenho mais orgulho do clube que escolhi de pequenina. Transmite-me valores com os quais me identifico mas, principalmente, transmite-me união. Podemos ser aqueles que não são campeões há 14 anos, ou aqueles que não festejaram um tricampeonato; admito até que somos aquele colosso europeu, com que nos tentam ridicularizar. Mas, a todos estes que se sintam afetados pela frase anterior, digo-vos uma coisa: não nos envergonhamos da coletividade que somos.

    Das vezes em que estive no estádio para assistir a um jogo da Liga dos Campeões, não ouvi o hino desta competição. Que as mentes geniais que circulam pela Internet não venham a pensar que foi por não chegar a tempo, ou por estar atenta a outras coisas. Foi porque, novamente, a união dos sportinguistas se fez ouvir; fez ouvir a sua revolta e mostrou desagrado com o que se passa. Não há muitos estádios em que se possa ver isso. Consigo até chegar ao ponto de nos comparar com grandes claques europeias: temos o nosso próprio You’ll Never Walk Alone (e que tantos arrepios e emoções me traz à flor da pele!) , gastamos vozes, ficamos roucos e afónicos, para mostrar que queremos alcançar a glória; eu chego ao ponto de me aperceber de que dou uma de Jorge Jesus e começo a cantar que farei o que puder pelo meu Sporting.

    Jogadores e adeptos querem chegar à glória Fonte: Sporting CP
    Jogadores e adeptos querem chegar à glória
    Fonte: Sporting CP

    É incrível o que um clube faz, não é? Para não falar das faixas que existem por todo o planeta de vilas, cidades, países (!) que querem o Sporting campeão; atrevo-me mesmo a adaptar o velho ditado: um sportinguista em todos os cantos; são leões que, para além de não esquecerem o seu país, não esquecem o seu clube. São pessoas que merecem uma vénia pela sua força de vontade, por também não desistirem do meu Sporting do coração. Todos aqueles que se mostram mestres de Photoshop ou Paint acabam por também se sentir afetados por estes gestos. Fazem mossa, mostram que estamos cá para ficar! Podem dizer que somos ridículos, mas, se sermos ridículos significa apoiarmos algo que nos é tão querido, então prefiro ser ridícula! Prefiro ser ridícula a não conseguir perceber que não é por não ganhar títulos que tenho de desistir de apoiar o meu clube; felizmente, foi outro valor que o Sporting me passou: não desistir… Há muitos por aí que não sabem o que isso é.

    Gostaria também de deixar um desafio às claques sportinguistas: vamos dar mais e melhor! Mais ainda, até que as vozes doam, até que se calem todos! Estamos ao nível das melhores claques europeias; vamos subir a fasquia! O jogadores merecem, o clube merece e nós, como adeptos, merecemos! Vamos mostrar a garra do leão!

    Por fim, a todos os outros, um conselho: não tenham mais olhos que barriga. O feitiço pode-se sempre virar contra o feiticeiro e bestiais podem-se tornar bestas. E preparem-se: isto só agora começou. Só queremos uma coisa: que o Mundo saiba que pelo Sporting somos doentes e que faremos o melhor para que o vejamos sempre na frente.

    Foto de Capa: Sporting CP

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    Marta Reis
    Marta Reishttp://www.bolanarede.pt
    Serrana e Sportinguista de gema. Doente por futebol desde que se conhece e apreciadora de ténis e NBA.                                                                                                                                                 A Marta escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.