Futebol Feminino: mas afinal, o que se passa com as leoas?

    Já é longa a epopeia do futebol feminino em Portugal. Porém, só a partir de 2016 é que a modalidade começou a ganhar voz, muito por conta de grandes equipas aderirem a este projeto. O Sporting CP foi uma das equipas que ingressou no futebol feminino em 2016, tendo criado uma superequipa que se destacava e que conquistava todas as competições a nível nacional e chegaram ainda a participar na Liga dos Campeões feminina por duas vezes (na época 17/18 e 18/19).

    Com a entrada do SL Benfica no futebol feminino, o Sporting deixou de vencer tanto, colocando-se um pouco sobre a sombra das águias. Na presente época o Sporting encontra-se instável tendo somado nos últimos quatro jogos para o campeonato duas derrotas e dois empates frente às equipas mais bem posicionadas na presente época (SC Braga, SL Benfica, Famalicão e a equipa sensação SF Damaiense). Dado esta quebra de rendimento, o Sporting encontra-se no 5.º lugar da Liga a 10 pontos do líder Benfica. Mas afinal, o que se passa com o futebol feminino do Sporting?

    São muitas as questões que pairam no ar no que toca ao desaparecimento da glória e raça que a equipa do Sporting auferia. Muitos falam do tema ‘’contratações’’, em que consideram que houve uma perda de qualidade do plantel, não se investindo para que esta se mantivesse idêntica.

    No final da época passada, perdeu-se ‘’prata da casa’’, com jovens da formação a saírem para clubes no estrangeiro. Andreia Jacinto, peça fundamental, abandonou Alvalade e rumou à Real Sociedad de Fútbol, clube da Primeira Liga espanhola.

    Outras jogadoras com muitos anos a jogar de leão ao peito abandonaram o clube para outros projetos, foram essas Joana Marchão, Fátima Pinto e Neuza Bezugo.

    Com estes fatores todos associados e com alguns regressos (tais como o de Ana Capeta), o Sporting entrou para esta época com uma equipa com bastantes caras novas e isto pode ser um dos porquês da instabilidade do coletivo de Alvalade. O grupo pode ainda estar numa fase de aprendizagem e conhecimento do estilo de jogo da treinadora e de cada um dos elementos, algo que é normal quando se tem uma equipa ‘’nova’’. Ainda assim, uma parte dos pilares da ‘’velha guarda’’ lá prevalece, como Ana Borges, Rita Fontemanha e mesmo Diana Silva, com a sua segunda passagem pelas leoas.

    O Sporting pode estar assim a passar por uma frase de transição, talvez com rumo a um projeto duradouro e com a ambição da reconquista do campeonato nacional que foge desde 2018. Conseguirá o Sporting dar a volta a este mau momento e voltar à luta pelo título?

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    Inês Flores
    Inês Flores
    A Inês tem 21 anos e é natural de Almada. Foi na margem esquerda do Tejo que começou a respirar desporto. Estuda Jornalismo, pois é nele que consegue juntar as suas duas grandes paixões: desporto e escrita. Escreve com o novo acordo ortográfico