Entre postes e dúvidas, quem será o número um? | Sporting

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    Após uma época e meia de dúvidas com Adán, Franco Israel tem se assumido como número um do Sporting. Mas, será que já o merece?

    É impossível não relacionar a palavra confiança com desempenho, pelo menos, no mundo do futebol. A juventude, o elevado nível de scouting, aliado ao bom futebol e à exímia comunicação são marcas de Rúben Amorim e deste Sporting. E, parecendo que não, tudo isto encaixa na escolha da titularidade na baliza leonina. 

    Adán, guarda-redes espanhol, sofreu uma lesão naquela que, vinha a ser a fase mais “negra” na sua temporada, e, Franco Israel aproveitou essa chance para se fixar entre os postes da baliza de Alvalade, e, possivelmente, não a largar mais até ao final da presente temporada, encerrando assim a “Era Adán” no Sporting.

    Voltamos então ao primeiro parágrafo deste texto, onde referi que a confiança anda de mãos dadas com o desempenho. Franco Israel, guarda-redes uruguaio de (ainda) 23 anos, chegou a Alvalade em 2022/23, proveniente da equipa de sub-23 da Juventus, por um valor a rondar os 650 mil euros, por cerca de 60% do passe. Chegou para crescer na expectativa, sem pressas, sendo o defensor das redes leoninas por oito ocasiões na época passada, sofrendo exatamente oito golos. 

    O presságio não era bom, e os adeptos sentiam-no. Adán não dava as confianças de outrora, e Franco Israel não mostrava a qualidade necessária para a defesa da baliza de um clube grande em Portugal. Chegou a afirmar-se que Diego Callai seria o natural sucessor de Adán, mas o empréstimo do brasileiro ao Feirense afastou prontamente essa possibilidade.

    Em Vila do Conde, um erro crucial de Adán, concedendo um penalty ao Rio Ave, e a subsequente lesão no treino seguinte, abriram caminho para a ascensão de Franco Israel na baliza do Sporting.

    A confiança depositada por Rúben Amorim no jovem guarda-redes, somada à proteção mediática proporcionada pelo treinador, permitiu que Franco Israel se consolidasse como titular. Desde então, o jovem guardião tem apresentado exibições consistentes, com destaque para a sua performance frente ao Arouca, onde foi eleito o melhor jogador em campo.

    O Sporting, sob a tutela de Franco Israel, registou apenas uma derrota, evidenciando a sua importância para o sucesso da equipa.

    Os adeptos do Sporting sentem agora que a baliza deixou de ser uma preocupação (tão grande) como havia sido no último ano e meio. Franco Israel tem muitas características onde irá melhorar, com o tempo de jogo, como qualquer jogador, no entanto vive na bolha de confiança de Rúben Amorim, e dos próprios adeptos, que elevaram o guardião uruguaio a um nível onde o mesmo se transcendeu.

    Franco Israel no jogo entre o Sporting e o Benfica para a Taça de Portugal
    Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

    Franco Israel apresenta atributos muito promissores para um guarda-redes da sua idade, no entanto, como todo e qualquer jovem talento, evidencia lacunas nas suas performances. No que diz respeito ao jogo de pés, Israel demonstra uma evolução da época transata, exibindo uma maior segurança e domínio em diversas situações de pressão, sendo importante na construção, um dos pilares do futebol deste Sporting.

    No entanto, a sua capacidade de controlar a profundidade e de sair à bola serão alvo de futura melhoria, evidenciado este dado nos jogos frente à Atalanta (em casa) e frente ao Boavista. No entanto, entre os postes, o guardião uruguaio transmite segurança e confiança aos adeptos, sentimento esse já perdido desde 2022. 

    Não estando, seguramente, perto do nível de Trubin ou Diogo Costa, Franco Israel tem vindo a mostrar toda a sua qualidade, prometendo uma evolução rápida. É, sem dúvida, o jogador que merece a titularidade na baliza do Sporting até ao final desta temporada. 

    Olhando ao futuro mercado de verão, e apesar da segurança até agora dada por Franco Israel, circulam rumores da chegada de um novo guardião, uma vez que, em caso de não voltar a calçar as luvas esta época, Adán ficará sem clube.

    Apesar da relutância de Rúben Amorim na contratação de determinadas posições (ponta-de-lanças) e da alguma teimosia residente no técnico leonino, é expectável que Franco Israel volte ao banco de suplentes na próxima temporada, chegando um jogador substituto para o seu lugar. No entanto, Diego Callai poderá ter uma palavra a dizer.

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