Para ti meu leão, que sentes com o coração: Grita bem alto, pelo teu Sporting campeão

    Terminou mais um capítulo da bonita história de Rúben Amorim com o Sporting Clube de Portugal. Os verdes e brancos conquistaram mais uma vez a Liga Portuguesa, a segunda do jovem técnico português ao leme dos leões. Este é o 20.º troféu da equipa de Alvalade no que há conquista de campeonatos nacionais diz respeito, numa época especialmente saborosa para todos os adeptos de bom futebol, em especial para os adeptos leoninos, que viram a sua equipa praticar um futebol atrativo, com algumas peças chave que chegaram no mercado de verão como Hjulmand e Gyokeres.

    Podia muito bem ser um conto de fadas esta bonita história que hoje vos conto, de um jovem muito inteligente que soube esperar pela sua vez de brilhar. “E se corre mal?“, perguntaram-lhe na primeira conferência de imprensa como técnico leonino, ao que ele respondeu, convicto de si mesmo e dos seus jogadores, “E se corre bem?“. 

    Brilhou durante muitos anos do outro lado da segunda circular, de águia ao peito, o menino que veio do Belenenses foi uma espécie de “tapa buracos” dos treinadores encarnados, que viram nas suas características de liderança, persistência e resiliência, o cocktail ideal para um jogador de futebol útil a qualquer treinador. E Rúben foi isso mesmo, um faz tudo em campo, fruto da sua enorme inteligência tática e capacidade de leitura de jogo, que já faziam prever que viria dali um treinador interessante. Ainda como jogador, foi com Jorge Jesus que aprimorou as suas capacidades enquanto futebolista, e onde abriu espaço para atingir o seu “prime” enquanto jogador profissional de futebol. Sempre de “caderno na mão”, ouviu, interpretou como mais ninguém aquilo que os seus treinadores lhe davam, e guardou para si todo um manual que explica como é que deve ser um grande treinador de futebol.

    Rúben Amorim Sporting
    Fonte: Luís Batista Ferreira/Bola na Rede

    Arrumou as botas com um objetivo muito claro na sua cabeça, treinar ao mais alto nível, mantendo sempre a humildade e a boa disposição que o caracterizam. E Rúben lá foi, primeiro até aos escalões inferiores do futebol português, pela mão do Casa Pia, que viu nele um enorme potencial que não poderia ser desperdiçado. Seguiu-se Braga, um teste de fogo para quem ainda estava a bater terreno na cabine técnica de um clube de futebol. A equipa B abriu-lhe espaço para construir um portfólio interessante e “candidatar-se” ao lugar mais alto de Braga. E lá foi ele, assumir a cadeira de sonho na Pedreira, sempre igual a si mesmo, discreto e sorridente, mas, ao mesmo tempo, astuto e objetivo.

    Dançou em Braga, brilhou como só ele sabe, até que apareceu o Sporting, eterno rival daquele que dizem ser o seu clube do coração, o Benfica. Não tremeu, mesmo depois da equipa de Alvalade investir muito dinheiro em si, confiou naquilo que podia e sabia fazer, e não se deixou influenciar pela história negativa que habitava em Alvalade. Rúben é um herói para as gentes leoninas, devolveu a chama ardente a um clube que há muito ansiava pela conquista de títulos e pelo regresso aos grandes palcos do futebol. Com o técnico português à frente dos destinos leoninos, deixou de haver medo, deixou de haver tristeza, e passou a haver muita coragem e alegria com a bola nos pés. 

    Mas não era o treinador português que explanava em campo toda esta classe e inteligência inerentes a uma equipa muito bem preparada como está o Sporting. Todo este trabalho foi desenhado por um grupo incansável de jogadores que nunca desistiu, contra tudo e contra todos, semana após semana, lutou, deixou tudo em campo pelos leões que estavam nas bancadas a apoiar e a gritar, e trouxeram o “caneco” para Alvalade. E é, sem dúvida absolutamente nenhuma, merecido, pela qualidade que apresentaram, pela forma superior como impuseram o seu futebol, da baliza ao ataque, com assertividade e fome de vencer. 

    Promovendo sempre a rotação, o Sporting conquista este título como equipa na verdadeira acepção da palavra, porque todos jogaram, uns mais e outros menos é certo, mas todos contribuíram com a sua participação nesta conquista bonita. 

    Deste grupo de jogadores, nomes como Gonçalo Inácio, Diomande, Hjulmand, Gyokeres e tantos outros saem, de facto, muito valorizados, juntamente com o seu treinador, e voltam a elevar o nome do Sporting Clube de Portugal no que há valorização de jogadores diz respeito. Agora é tempo de desfrutar e pensar já na final da Taça de Portugal, onde os leões podem juntar mais um título ao seu palmarés e fazer a dobradinha.

    Hoje, o Sporting volta a ser grande, como sempre foi, graças a Amorim, mas não só, graças a toda a sua equipa técnica, aos jogadores, a todo o departamento de scouting que soube atacar o mercado cirurgicamente como ninguém, ao presidente, a toda a estrutura leonina e, principalmente, aos adeptos que nunca deixaram de acreditar no “seu Sporting”, que muitas vezes não conseguiu fazer melhor, mas que com Amorim e companhia, recuperou de facto o ADN de leão, a raça, o querer e a ambição.

    Tenho a certeza que irão continuar a fazer o seu melhor para te ver sempre na frente, grande Sporting. Até porque, uma história de amor como esta, nunca acaba…

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    Bernardo Santos
    Bernardo Santoshttp://www.bolanarede.pt
    Licenciado em Comunicação Empresarial e Relações Públicas, é um apaixonado por futebol desde tenra idade. O jovem natural de Tomar, mas residente em Lisboa, é um poço de sonhos por realizar, sendo que ser uma voz ativa no mundo do futebol é um deles! Comunicador, simpático, bem humorado e cheio de energia, assim é o Bernardo! Para solidificar os seus conhecimentos no desporto rei, completou os níveis I e II de Scouting no futebol, para além de uma formação de Team Manager. Atualmente, trabalha no departamento de comunicação internacional de uma grande empresa e divide o seu tempo entre as suas paixões e os seus vícios.