4º – Número 9

O número 9 é sempre associado ao goleador, ao matador que faz levantar as bancadas do estádio. O Sporting teve alguns números 9 de relevo durante os últimos vinte anos. Aqui vou destacar três nomes: Ivaylo Iordanov, Ricky Van Wolfswinkel e Islam Slimani.
O búlgaro foi capitão do Sporting e uma das principais figuras do clube na década de 90. Marcou mais de setenta golos com a camisola leonina e ainda foi campeão nacional em 2000, tendo sido ele a colocar o cachecol do Sporting no leão da estátua do Marquês de Pombal, em Lisboa.. Contudo, a sua tarde de glória aconteceu a 10 de junho de 1995, quando marcou os dois golos com que o Sporting derrotou o Marítimo na final da Taça de Portugal, que já fugia ao clube há treze anos. Iordanov também venceu um Prémio Stromp.
Mais tarde, tivemos Ricky Van Wolfswinkel, um avançado holandês, franzino mas muito lutador. Fez parte do plantel nos anos mais negros da história do clube, mas, ainda assim, conseguiu apontar 45 golos em apenas duas temporadas, o que é uma média bem satisfatória, tendo em conta o percurso do clube enquanto o holandês cá esteve.
Por fim, Islam Slimani. O argelino, que foi um dos negócios mais rentáveis da história do clube, tem um percurso de carreira que personifica aquilo que é o lema do Sporting. Com esforço, dedicação e muita devoção, conseguiu chegar à glória de uma carreira em altos voos. Chegou como um avançado muito limitado tecnicamente, mas que tinha uma inegável capacidade no jogo aéreo. A sua capacidade de trabalho e as aprendizagens que retirou do trabalho com Leonardo Jardim, Marco Silva e Jorge Jesus, fizeram com que se tornasse num dos pontas de lança mais cobiçados do mundo. Marcou mais de 50 golos pelo Sporting, 31 deles apenas na última temporada. Atualmente, a maioria dos adeptos sportinguistas desejam secretamente que o argelino se dê mal em Leicester, para ver ser ele volta à casa que o acolheu e viu crescer de forma exponencial.