Numa altura em que todas as atenções estão focadas no grande clássico do próximo dia 1 de Abril na Luz, quer os adeptos nortenhos do Futebol Clube do Porto, quer os adeptos da Margem Sul do Sport Lisboa e Benfica vêem neste duelo, para além do jogo do título, uma vingança que vem de trás. Se os benfiquistas querem redimir-se dos últimos jogos com o Futebol Clube do Porto, nomeadamente do último clássico na Luz, em que o Porto saiu vencedor, em Janeiro de 2016, os portistas querem redimir-se dos últimos três campeonatos nacionais, dos quais as águias saíram vencedoras, e assim dar um passo gigante na conquista do título, após mais de um ano sem conhecer o primeiro lugar da tabela.
Vejamos primeiro a situação dos dois clubes. Os encarnados encontram-se no primeiro posto desde o início da temporada, sendo que no início de Janeiro, se encontravam oito pontos à frente de um então frágil Futebol Clube do Porto. Desde então, encontram-se apenas isolados dos dragões por um ponto e contam com as possíveis baixas de Fejsa e Grimaldo. Vêm de um empate e jogadores como Pizzi, Jonas e Salvio, fundamentais na manobra ofensiva do clube de Lisboa, não se encontram no topo das suas formas, o que tem levado a alguma quebra geral do fio de jogo do Benfica. Esta queda geral de rendimento pode também estar relacionada com a saída de Gonçalo Guedes e consequente falta de investimento no Mercado de Inverno.
No Futebol Clube do Porto, vemos uma equipa com uma clara melhoria de jogo, que tem vindo a encurtar a distância para o primeiro lugar e a aumentar a distância para o segundo, que viu em Soares o complemento essencial para o esquema tático de Nuno Espírito Santo e que, apesar do calendário mais acessível que tem tido neste último mês, tem melhorado a sua qualidade de jogo, sobretudo com o regresso de Brahimi e o crescimento como jogador de Óliver Torres. São já a equipa com mais golos marcados e com menos golos sofridos e, apesar do último empate em casa com o Setúbal e a quebra de rendimento de André Silva, segue mais confiante do que nunca para o próximo embate.