Contudo, a equipa de Rui Vitória mostrou a importância do jogo interior (algo pouco usado na 1ª parte) num lance onde Grimaldo atraiu no meio, fazendo progredir Lindelof com a bola no pé que dá para Salvio e depois lança Grimaldo na grande área:
Para controlar estes movimentos, especialmente no lado direito, o Vitória procurou ter a tal superioridade numérica e com isto fazia com que Zungu tivesse de se esticar para a ala e, por sua vez, Rafael Miranda juntava-se à defesa, entre os centrais. Este movimento significava o desaparecer do meio-campo dos vitorianos e o Benfica, consequentemente, foi ineficaz em aproveitar estas lacunas deixadas pela equipa de Pedro Martins. Apesar da estratégia ser a de fazer com que o adversário vá até aos limites do campo, as equipas que jogam em 4-4-2, e se tiverem os dois jogadores da frente pouco interventivos no processo defensivo, vão ter alguma dificuldade em parar a construção a três (construção que o Benfica faz com Pizzi no meio dos centrais ou até Fejsa) pois basta um passe para o lado contrário para apanhar a equipa em contra-pé.
Na 1ª parte, em termos ofensivos, o Vitória procurava sempre os ataques rápidos lançando Bruno Gaspar e Hernâni pela faixa direita, ou até mesmo Raphinha (visto que Konan esteve pouco interventivo de modo a garantir a estabilidade defensiva) pela ala esquerda que também flectia para o meio, indo para zonas de finalização. Quando isto não resultava, Marega era o homem procurado para ganhar os duelos aéreos e Hurtado teve a tarefa de recuperar as segundas bolas. Tanto em cantos como livres, Josué e Marega eram os homens mais procurados, ao segundo poste.