O Benfica tem-nos habituado a uma qualidade tremenda de maturidade e de saber quando e como pausar o jogo para seu benefício. O Vitória foi revelando ao longo da 1ª parte algumas debilidades no seu meio-campo e o Benfica aproveitou-as na 2ªparte. Os dois golos dos encarnados foram quase idênticos. O primeiro foi criado com base no arrastamento de Zungu por parte de Pizzi (este já tinha sido marcado individualmente por Rafael Miranda na 1ªparte) libertando espaço para Samaris que podia progredir ou passar a bola para o meio do terreno. Na profundidade o Benfica é rei e tem armas mais que potentes para aproveitar qualquer lapso das defesas adversárias. Samaris coloca a bola em Jonas que consegue aproveitar o espaço entre-linhas dando origem ao remate que depois sobra para a “cavadinha” de Raúl Jiménez:
O segundo golo é fruto de um passe de Pizzi que liberta Jonas, novamente nas entre linhas, este é ajudado por Cervi, Raúl e Salvio que flectem para o meio deixando a ala direita completamente sozinha para a progressão de Nélson Semedo que cruza para a finalização de cabeça de Salvio:
Apesar da derrota é de realçar o trabalho feito por Pedro Martins. Conseguiu construir uma equipa que deu várias dores de cabeça aos tetracampeões. Foi uma equipa sólida e compacta conseguindo dominar o jogo durante a primeira parte apesar de não ter mais bola. Como disse o “Special One” as finais são para ganhar e o Vitória fez o seu melhor para ganhar a final no Jamor.
Não foi suficiente mas o futebol é isto. O Vitória ganhou algo mais que um troféu, ganhou confiança. Ganhou experiência. E ganhou algo que não se compra com milhões e isso é a entre-ajuda.
Parabéns Pedro Martins.
Parabéns Vitória.
A jogar assim, o futuro do futebol português está em boas mãos.
Foto de Capa: Vitória SC