Força da Tática: O «Caldeirão Verde» do Basquetebol

    Depois de vários anos a competir na Proliga, o «caldeirão verde» finalmente chegaria à Primeira Liga. A juntar ao ambiente fantástico vivido em todos os jogos que decorrem no Pavilhão de Esgueira, a equipa aveirense praticou um basquetebol entusiasmante que fez ruído na liga tornando-se numa das sensações das últimas duas temporadas.

    No pós-Proliga, conscientes das dificuldades que se avizinhariam, a direção e a equipa técnica aveirense construíram uma filosofia e um estilo de jogo simples e consistente, de forma a garantir a permanência na primeira liga o máximo de tempo possível. Em primeiro lugar, a manutenção do treinador foi fundamental na crença de um projeto a longo prazo, tal verifica-se em equipas grandes (FC Porto com Moncho López) e o Esgueira não quis escapar a essa linha de pensamento.

    Houve assim, continuidade e confiança no treinador que havia conseguido um feito muito positivo para o clube (a subida). Pedro Costa e sua equipa técnica, todavia não podiam seguir com a mesma equipa da Proliga para a primeira liga, ao passo que seria suicida não pensar em contratações de maior calibre.

    Como tal, existiu uma linha de contratações bem delineada, que persistiu na procura de jogadores de idiossincrasia semelhante e tal notou-se no desenrolar das duas temporadas por parte da equipa técnica aveirense.

    Pedro Costa a analisar jogadores na pré temporada da época atual
    Fonte: Esgueira Basket

    O que Pedro Costa fez com as “pedras” que teve à disposição foi fantástico, mantendo o mesmo princípio e ideias semelhante retirando o melhor de cada individualidade sem desvirtuar o coletivo, foi assim na sua primeira época na LPB e o mesmo se reproduziu na época atual.

    No Esgueira de 2018/2019, houve dois jogadores fulcrais para o sucesso de Pedro Costa, sendo eles Greg Alexander e Ty Toney. Ambos foram all-stars na sua primeira época enquanto profissionais e frisavam o estilo liberto, criativo e explosivo com que a equipa aveirense atuava. Resultado das suas qualidades e características individuais, ambos tinham a «luz verde» para atirar sempre que tivessem a confiança para tal, sem descurar do desenho tático.

    No Esgueira atual (2019/2020), houve várias mutações no plantel (como expectável), e os dois principais jogadores referidos no parágrafo anterior já não se encontravam disponíveis, obrigando a uma «busca» no mercado. Com inteligência e um bom scouting, o Esgueira conseguiu manter uma prática de basket atrativa mantendo a filosofia que vinha do ano transato, conseguindo jogadores de alto nível, mesmo que jovens, como é a principal estrela Montell Goodwin ou o poste de referência Daniel Regis. Para além de Goodwin, junturam-se dois jogadores jovens que vinham do histórico campeonato da Europa sub-20, sendo eles Henrique Barros e Gustavo Teixeira que apesar de suplentes, funcionam como catalisadores da ofensiva aveirense, sendo Gustavo o principal destaque neste aspeto.

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    Diogo Silva
    Diogo Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.