Força da Tática | SL Benfica x FC Porto: Imponente, estratega e cheio de frescura

    Um campeonato é uma prova de regularidade, isso todos sabemos, e o SL Benfica tem sido a equipa mais regular, é unanime. Mas no Estádio da luz, no jogo de sexta feira, o FC Porto foi avassalador.

    Motivado, focado e sem receio de nada nem ninguém. Foram estas as premissas com que o FC Porto reduziu a vantagem para o Benfica com a vitória na Luz.  Após conhecermos os 11 iniciais, dúvidas haviam na colocação de Pepê e Otávio. Este último acabou por ser decisivo, porque defensivamente e ofensivamente foi completamente avassalador, indo buscar jogo aos centrais e conseguindo aparecer a pressionar ou a finalizar na grande área do adversário.

    A equipa do Porto desde cedo, assumiu as despesas do jogo, e impôs não o seu jogo, mas sim a estratégia especifica que tinha para este jogo. O Benfica à espera, demasiado à espera, daquilo que o jogo ia dando. O golo de Gonçalo Ramos, agravou esta postura, e a equipa da casa, quase sempre, a reagir, e nunca a impor o seu ritmo. 

    A equipa visitante a pressionar desde o primeiro minuto, com muitos jogadores e com tempos de aproximação muito curtos aos jogadores adversários, além de solidários e com os setores bastante próximos. Grujic a pivot no meio campo, empurrava Manafá e Wendell pelos corredores laterais, asfixiando a saída de jogo do Benfica. 

    FC Porto pressão ofensiva
    Fonte: BTV

    A única forma que o Benfica saía bem e rápido, era quando Aursnes vinha ao corredor central e permitia jogar pela esquerda. No restante, a equipa da casa apresentou-se bloqueada, completamente. Essa mesma estratégia do Porto também conduzia a que, Taremi na frente de ataque, se posicionasse mais isolado do que era costume, mas sempre com muita profundidade com bola de Pepê e Galeno.

    Mesmo com o resultado em 0-0 e depois, mais ainda, os defesas centrais do Porto no  meio campo de ataque, jogando em organização ofensiva, quase sempre, com um respeito muito grande pelas saídas rápidas do Benfica, respeitando a posse de bola, travando rapidamente e com muitos jogadores a perda de bola e com Grujic afundando, nos movimentos de transição defensiva.

    SL Benfica facilidades defensivas
    Fonte: BTV

    A pouca energia do Benfica manteve-se na segunda parte, os duelos individuais foram quase sempre ganhos pelo FC Porto. E um dos problemas manteve-se: quem marca Otávio? Após a obtenção do segundo golo, a equipa do FC Porto baixou a pressão para uma zona mais recuada, fez substituições e refrescou a equipa. Taremi apareceu no jogo, dando a profundidade que a equipa tinha de demonstrar. O Benfica manteve muitos jogadores na saída de bola, distâncias estranhamente grandes entre Otamendi e António Silva, falhas técnicas na receção dos jogadores da frente do Benfica.

    SL Benfica sem jogo entre linhas
    Fonte: BTV

    O FC Porto saiu vencedor porque tapou o jogo entre linhas do Benfica, e porque aproveitou bem a apatia que a própria equipa visitante provocou no jogo coletivo da equipa da casa, reduzindo um aspeto essencial do jogo encarnado: a criatividade.

    O Benfica teve sempre João Mário inoperante, tal não era a marcação das linhas de passe para o internacional português, como também a aproximação depois de o mesmo receber a bola. Uribe e Grujic fora reis e senhores neste propósito. A equipa empacotou o jogo do Benfica em duas zonas, uma, até ao 1-2, no meio campo atacante e outra em 1/3 de campo, depois do 1-2.  Os corredores laterais do Benfica não funcionaram, pois o jogo do Benfica, vai do meio para fora, e aí Galeno e Pepê foram determinantes não se entregando nem ficando tentados com a dinâmica de subida de Grimaldo e Bah e depois, Gilberto.

    Seguem-se as cenas dos próximos capítulos…

    Artigo da autoria de Paulo Robles.

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