Recordar é Viver | Sporting 5-3 Benfica

    A média de golos marcados em jogos oficiais entre Sporting e Benfica é de 3,22. A 16 de abril de 2008, o dérbi a contar para a meia-final da Taça de Portugal contribuiu generosamente para aumentar essa média, com oito golos. Recordamos um jogo verdadeiramente emocionante que, naturalmente, é guardado com mais carinho na memória dos adeptos leoninos.

    No início do mês, os dois grandes lisboetas tinham visto o FC Porto carimbar um dos títulos mais tranquilos da Primeira Liga e viravam assim todo o foco para a última competição ainda em disputa. Pela última vez, apenas 90 minutos foram jogados para determinar os finalistas da Taça, já que na época seguinte seria introduzida a controversa meia-final a duas mãos.

    Paulo Bento recuou Miguel Veloso para a posição de defesa central, devido à ausência por lesão de Anderson Polga. Marat Izmailov começou no banco, também limitado fisicamente, e Adrien Silva entrou no 11 para ocupar o lugar mais recuado do meio-campo. Destaque ainda para Derlei, que regressou ao banco de suplentes depois de recuperar de uma rutura de ligamentos.

    No Benfica, Fernando Chalana tinha recentemente assumido o comando técnico, após a saída de José António Camacho. Do 11 titular fizeram parte vários nomes incontornáveis da história do clube, como Nuno Gomes, Quim, Luisão e o atual presidente Rui Costa, no seu último derby da carreira.

    Foram as águias a entrar melhor no jogo e os golos apontados na primeira parte por Rui Costa e Nuno Gomes, aliados a uma passividade atípica da defesa do Sporting, pareciam desimpedir o caminho para a final, ao fim dos primeiros 45 minutos.

    Em declarações prestadas no final do encontro, Derlei realçou a importância da conversa no balneário, ao intervalo. De facto, os leões não deitaram a toalha ao chão e conseguiram aproveitar uma entrada menos incisiva no segundo tempo por parte do Benfica.

    «Quis regressar ao FC Porto, mas não estavam dispostos a isso» – Entrevista BnR com Derlei

    Em 12 minutos apenas, o resultado foi invertido: Yannick Djaló reduziu a desvantagem após excelente trabalho de Vukcevic, Liedson fez o empate, finalizando da melhor forma um cruzamento atrasado de Moutinho, e Derlei consumou a cambalhota no marcador. Aos 82 minutos, foi a vez dos homens da Luz ainda mostrarem resiliência, voltando a empatar a partida à “lei da bomba”, por intermédio de Cristian “Cebolla” Rodríguez.

    A alegria dos adeptos benfiquistas presentes em Alvalade não foi, no entanto, duradoura. Dois minutos mais tarde, e com alguma sorte, Djaló bisou na partida para fazer o 4-3. Já com a equipa muito balanceada para o ataque, o Benfica viu o montenegrino Simon Vukcevic fazer o xeque-mate, com um fantástico remate de primeira.

    No Jamor, um empate a zero no tempo regulamentar viria a ser desfeito por Rodrigo Tiuí, avançado emprestado pelo Fluminense, que bisou para dar o título aos leões e impedir a dobradinha do FC Porto.  

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