Top 10 – Os mais sobrevalorizados do futebol

    [tps_title]9.º David Beckham[/tps_title]

    Beckham
    Fonte: David Cornejo (Flickr)

    Honra lhe seja feita: tinha uma visão de jogo notável e um grande pé direito. Os seus livres, cantos e cruzamentos para a área ficaram famosos e marcaram de facto uma era no futebol inglês. O problema é que isso, por si só, não lhe garante um lugar nos melhores de sempre. O seu futebol pouco agressivo, bastante bombeado e fértil em variações de flanco era típico de um determinado período da História da modalidade e já estava bastante datado mesmo quando ele jogava. A prova disso é que Beckham saiu da Europa relativamente cedo, preferindo rumar a um campeonato “de brincar” e voltando depois para jogar de forma intermitente na decadente Serie A pós-Calciocaos. Antes, em Madrid, tinha encarnado na perfeição o perfil de um galáctico: “muita parra e pouca uva”. Em quatro anos, apenas um campeonato e uma Supertaça. Mesmo fustigado por lesões, o seu menos mediático compatriota Steve McManaman não foi inferior a Beckham nos quatro anos que passou na capital espanhola, tanto a nível exibicional como de conquistas.

    Além disso, apesar de ter aprimorado com mérito os seus pontos fortes, não se pode dizer que os argumentos de que dispunha fossem muito diversificados. A falta de capacidade atlética para jogar na linha, nomeadamente através de desequilíbrios drible ou em velocidade, permite afirmar que, muito provavelmente, o sucesso do Spice Boy teria sido menor caso jogasse nos dias de hoje. Claro que tanto o facto de ser inglês como um ícone da moda também o ajudaram a atingir um estatuto de lenda que, a meu ver, não merece. Giggs, seu companheiro de tantos anos no Manchester United e que jogava no flanco oposto, foi bastante melhor jogador.

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    João V. Sousa
    João V. Sousahttp://www.bolanarede.pt
    O João Sousa anseia pelo dia em que os sportinguistas materializem o orgulho que têm no ecletismo do clube numa afluência massiva às modalidades. Porque, segundo ele, elas são uma parte importantíssima da identidade do clube. Deseja ardentemente a construção de um pavilhão e defende a aposta nos futebolistas da casa, enquadrados por 2 ou 3 jogadores de nível internacional que permitam lutar por títulos. Bate-se por um Sporting sério, organizado e vencedor.                                                                                                                                                 O João não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.