Tribuna VIP: Depois dos grupos de aperitivos, chega o prato principal!

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A primeira fase do Campeonato da Europa não trouxe grandes surpresas e a lógica acabou por imperar nos seis grupos. O Bola Na Rede faz-lhe um resumo das três primeiras jornadas do Europeu e lança os encontros dos oitavos de final.

O GRUPO F, O DE PORTUGAL

Comecemos pelo grupo de Portugal, o chamado “grupo da morte”. A seleção campeã europeia em título apenas carimbou o acesso aos “oitavos” na derradeira jornada, naquela que foi uma das disputas mais emocionantes neste fase inicial.

Com um dos planteis mais talentosos do torneio, Fernando Santos teve algumas dificuldades em encontrar a chave para o sucesso do meio-campo português nas duas primeiras jornadas, devido à aposta no conservador duplo-pivot William-Danilo e ao facto de não ter conseguido encaixar as peças mais criativas do onze (Bernardo Silva ou Bruno Fernandes) dentro da cadência de jogo pretendida.

A estreia frente à Hungria apresentou uma equipa estável no momento de recuperação defensiva mas com nítidas dificuldades em jogar dentro do povoado bloco húngaro. As entradas de Rafa, Renato Sanches e André Silva ajudaram a forçar o cadeado, que acabou definitivamente desbloqueado com um golo aos trambolhões de Raphael Guerreiro. Daí à goleada e a um dos golos mais espetaculares da fase de grupos, foi um pulinho, mas os sinais de intranquilidade que duraram 84 minutos foram ainda mais visíveis no jogo seguinte.

Cristiano Ronaldo voltou a bater novo recorde no jogo frente à Hungria
Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

Perante o 3-4-2-1 de Joachim Low, Portugal passou os piores momentos a nível defensivo desde a chegada de Fernando Santos ao comando técnico da Seleção. A Alemanha circulou à vontade nos três corredores, aparecia em zona ofensiva com cinco homens e Gosens, sozinho nos quatro golos, foi o improvável herói de uma tarde na qual a linha de 4 na defesa ficou claramente exposta perante a largura do jogo alemão.

O selecionador assumiu os erros e perante a França as coisas foram diferentes. Sendo uma equipa mais de vertigem e ataque à profundidade, a turma gaulesa possui um modelo de jogo que encaixa melhor nas características técnico-tácticas dos jogadores portugueses. Renato Sanches e João Moutinho foram apostas no onze e mostraram-se fundamentais para a melhor primeira parte de Portugal na competição. Palhinha provou que também pode vir a ser opção, numa noite em que sobressaíram igualmente três dos heróis da conquista de 2016: Cristiano Ronaldo, Rui Patrício e Pepe.

Além de Portugal, em terceiro lugar, também França e Alemanha carimbaram o apuramento, ainda que com doses de sofrimento distintas. Os gauleses deixaram a situação bem encaminhada após a vitória frente à “Mannschaft” na abertura, numa prova do valor individual da equipa francesa (exibições excecionais dos centrais, de Pogba e muito bom nível de Mbappé).

Os empates que se seguiram deixaram a o impressão de que esta França sofre quando encontra adversários que lhe retiram o espaço em profundidade (Hungria) e que sabem aproveitar os desajustes em alguns momentos da transição defensiva (sobretudo entre lateral-direito e central).

Por outro lado, a Alemanha oscilou mais, mesmo que com um modelo de jogo bem definido. Soube crescer na segunda parte frente aos Blues (com Kimmich a juntar-se ao eixo central), realizou uma exibição de luxo frente a Portugal e tremeu perante a Hungria, dada a falta de ideias e planos viáveis para ultrapassar o bem estruturado 5-3-2 de Marco Rossi.

E por falar nos magiares, fica uma palavra de apreço para uma seleção que num grupo de grau de dificuldade hiper-elevado, soube competir bem, dentro de uma organização defensiva forte, à italiana, e de um aproveitamento dos pontos fortes em momento ofensivo (jogo direto para Ádam Szalai, bom toque dos três médios e capacidade de rupturas e apoios de Rolland Sallai). O apuramento ficou à distância temporal de seis minutos.

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